Raghuram Rajan fez o seu prognóstico durante uma conferência internacional de economia decorrida na Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres, escreve a revista russa 'Expert'.
O analista considera que agora os países enfrentam os mesmos problemas que nos anos trinta do século XX. Estes problemas derivam da política monetária dos Governos dos países desenvolvidos.
Assim mesmo, Rajan critica a política dos bancos centrais de ditos países, que tentam acelerar o funcionamento das suas economias através da redução das taxas de juro ou doutras medidas que fazem parte da ferramenta financeira da expansão quantitativa.
Devido à utilização deste instrumento, os investidores de países desenvolvidos começam a atuar nas economias emergentes, cujos mercados oferecem condições mais favoráveis. Isto, por sua vez, aumenta os fluxos de dinheiro que ingressam para as economias em via de desenvolvimento.
Não obstante, quando os países desenvolvidos deixam de aplicar a expansão quantitativa, o fluxo de investimento às economias emergentes reduz-se drasticamente, o que abala a estabilidade dos seus sistemas financeiros, obrigando-os a tomaren contramedidas para conservar os seus nichos no mercado. A Grande Depressão chegou pelo desenvolvidmento deste mesmo mesmo esquema.
Rajan assegura que esta eventual crise é "um problema de todo mundo" e sublinha que não só afetará as economias avançadas, mas também às emergentes. Cabe destacar que Rajan foi um dos poucos economistas que já prognosticaram a crise que estourou nos anos 2007-2008.