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040715 avisoGrécia - Opera Mundi - Ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, diz que vai renunciar se ‘sim’ a acordo com credores triunfar na consulta popular de domingo.


Jeroen Dijsselbloem, presidente do conselho de ministros das Finanças da zona do euro, o Eurogrupo, declarou nesta quinta-feira (02/07) que a Grécia "não terá lugar na zona do euro" se votar "não" a um acordo com credores europeus no referendo previsto para acontecer neste domingo (05/07).

"Uma ilusão precisa ser retirada da mesa: de que se o resultado for negativo então tudo pode ser renegociado e você acabará com um pacote mais brando e mais atrativo", afirmou Dijsselbloem. "Se as pessoas disserem que não querem isso, não falta apenas uma base para um novo programa, também não há base para a Grécia na zona do euro”, acrescentou.

Citado pela Reuters, Dijsselbloem afirmou que os eleitores gregos não devem esperar conseguir condições melhores com credores ao votar "não" na consulta popular. O presidente do órgão ainda argumentou que a oferta dada pela troika (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Conselho Europeu) já expirou e que, portanto, o povo grego deverá estar preparado para aceitar “sacrifícios dolorosos” para permanecer no bloco.

Por sua vez, o ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, declarou nesta manhã que irá renunciar ao cargo se a população grega votar pelo “sim” ao acordo com credores europeus na consulta popular.

"Não serei...eu pessoalmente não assinarei outro (acordo) de prorrogação e fingimento”, afirmou Varoufakis após ser questionado pela Bloomberg sobre sua permanência como ministro das Finanças em um cenário de triunfo do “sim”.

A decisão vem poucos dias após o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter dito que deixaria seu posto como chefe de Governo em caso da vitória do “sim”.

Entenda o caso

Horas após entrar oficialmente em default técnico por não transferir para o FMI (Fundo Monetário Internacional) o valor da parcela de € 1,6 bilhão, a Grécia pediu na quarta-feira (01/07) “mudanças graduais” às condições impostas pelo Eurogrupo.

Negociado há meses, esse acordo busca um consenso pela prorrogação do resgate financeiro por parte das instituições financeiras europeias, em troca da aceitação do governo grego por reformas estruturais e corte orçamentário.

Ao menos 54% dos gregos responderão “não” à pergunta “Você aceita as medidas propostas pelas Instituições Europeias?”, indicou ontem uma pesquisa publicada no jornal grego Efimerida ton.

Embora a maioria dos gregos diga que pretende votar pelo "não", essa vantagem diminuiu significativamente após o governo anunciar, na noite de domingo (28/06), a restrição de capitais, limitando a retirada de dinheiro a € 60, bem como ordenando o fechamento de bancos e dos mercados até o dia 7 de julho.

A decisão gerou uma corrida a caixas eletrônicos, além de manifestações pró e contra o governo em Atenas.

Nos últimos meses, o governo grego tentou negociar com os credores a possibilidade de um novo empréstimo no valor de 7,2 bilhões de euros, em troca de reformas orçamentárias. Uma das principais exigências do Eurogrupo é o corte no setor previdenciário, algo a que os ministros do Syriza radicalmente se opõem.


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