Foto de Naíra Teixeira Dias (CC by/2.0/) - Passado.
No Ritmo da Lua
Não por acaso, os que sempre tiveram e tem até hoje a posse do conhecimento do passado, trataram de destruí-lo ou afastá-lo das grandes massas. Hoje tão embrutecidas que o conhecimento do passado perto delas é inofensivo. Fizeram e fazem isso, pois perceberam que o passado é uma fonte de conhecimento que pode ser de um poder insano. E como sua missão conservadora de classe dominante é tudo o que eles abominam, pois pode causar dinâmica, movimento e desenvolvimento das massas e eles querem o contrário, o imutável, estático, passivo. O problema é que isso é contagioso (Globalização do pensamento neoliberal), esse comodismo atinge até as pessoas em movimento que não conseguem analisar e filtrar o passado para aprender com ele e autocriticar-se. Isso faz com que, ela pare no tempo e não evolua mais, não se movimente mais. Então, seus músculos vão atrofiando por falta de mobilidade e a pessoa perde a capacidade de movimentar suas idéias. Ou ela se perde e só anda em círculos com a ilusão de estar em um grande pampa a correr livre.
Necessitamos reaprender a ver e analisar o passado para termos mobilidade e não deixarmos nossos músculos atrofiarem no presente. Andar em círculos ou não andar parece seguro e confortável. Mas, para descobrir a nós mesmas, o verdadeiro eu, numa sociedade de espíritos vazios e vagantes, temos que explorar o pampa ao nosso redor e a nós mesmas para ter a independência e o controle de nossa própria vida.