Foto: Os jihadistas do EIIL derrotaram neste fim de semana as forças curdas e ocuparam as cidades de Sinjar e Zumar.
Os jihadistas do EIIL, que em junho passado tomaram conta de Mossul e de um terço do Iraque em poucos dias, derrotaram neste fim de semana forças curdas e ocuparam as cidades de Sinjar e Zumar.
Sinjar é uma cidade com 310 mil habitantes, situada entre Mossul e a fronteira síria, que nas últimas semanas recebeu dezenas de milhares de pessoas que fugiam dos rebeldes sunitas e da guerra.
Segundo um responsável da União Patriótica do Curdistão (UPK), os jihadistas tomaram também o controle de dois campos de petróleo, com uma produção total de 20 mil barris por dia, e de uma central elétrica. Segundo esse responsável da UPK, os jihadistas destruíram um pequeno santuário xiita, Sayyeda Zaineb.
O dirigente curdo da UPK disse à AFP que "os peshmergas [combatentes curdos] retiraram de Sinjar, o EIIL entrou na cidade", acrescentando que "içaram a sua bandeira nos edifícios governamentais".
O emissário da ONU no Iraque, Nickolay Mladenov, disse que "uma tragédia humanitária está a ocorrer em Sinjar."
Responsáveis da UPK disseram ainda que uma delegação do seu partido está nos EUA para pedir apoio militar, referindo no entanto que isso depende do governo iraquiano. As instituições do Iraque estão paralisadas e o parlamento tem de designar até 8 de agosto um candidato ao cargo de primeiro-ministro.
Na noite de sexta-feira para sábado passado, outro ataque do EIIL provocou a morte de pelo menos 23 soldados iraquianos em Jourf al-Sakhr, numa estrada que liga a zona controlada pelo EIIL às cidades xiitas.