A cantora chegou a França num estado de “grande debilidade”, de forma que a equipe médica que a segue em Paris ordenou o cancelamento da sua próxima digressão. Cesária decidiu então em conjunto com o seu produtor e agente, pôr terminar de maneira definitiva a sua carreira.
Os concertos e apresentações programados por Cesária Évora foram assim cancelados. Acaba, com 70 anos de idade, uma carreira que apenas pode ser classficada de histórica. Tem estado este ano a trabalhar num novo álbum, sucessor de “Nha Sentimento”, lançado em 2009.
Natural do Mindelo, onde nasceu em 1941, Cesária Évora é considerada a «embaixadora da morna», música que transmite a melancolia das ilhas cabo-verdianas, tendo já editado 24 discos desde o primeiro de 1965. Évora encetou a sua carreira internacional na França, tornando-se a voz cabo-verdiana mais conhecida no mundo, e alternou a sua atividade artística com épocas de dificuldades pessoais, nas que chegou a abandonar a música.
Cesária Évora é embaixadora de boa vontade da Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Évora encetou a sua carreira internacional na França, tornando-se a voz cabo-verdiana mais conhecida no mundo. O ano passado, Cesária Évora foi homenageada no seu país, Cabo Verde, com um prémio carreira na gala do Cabo Verde Music Awards.
O fim da carreira da artista cabo-verdiana é manchete na mídia internacional. A lusofonia inteira fica com o seu património artístico imensamente enriquecido graças a estes mais de quarenta anos de trabalho de uma mulher única: Cesária Évora.
Saudade
Foto: Africa 21 Digital - Cesária Évora.