Fotos: 1: Concentraçom solidária em Vigo. 2: Concentraçom em Ferrol. 3 e 4: vistas da esquadra policial de Ferrol, onde Júlio e Sílvia ficárom presos na noite da detençom.
Por seu turno, Sílvia tivo finalmente que passar pola Audiência Nacional, onde lhe foi notificada liberdade sem fiança, segundo o seu advogado confirmou ao Diário Liberdade, que afirmou nom ter constáncia da existência de cargos concretos contra ela.
Ambos fôrom acusados pola polícia de "colaboraçom", mas a documentaçom em que se sustentaria a acusaçom parece ser escassa, segundo o seu advogado.
O alegado trabalho de solidariedade realizado por entidades sociais de ajuda aos presos e presas seria convertido pola polícia em colaboraçom com atividades ilegais atribuídas à chamada 'Resistência Galega'. Longe, portanto, da alegada "chefia" de supostos "aparelhos de financiamento" da "Resistência Galega". Umha carta manuscrita cuja redaçom a polícia atribui a Júlio seria um dos fracos argumentos para a acusaçom.
Entretanto, continua a campanha intoxicadora de diferentes meios de comunicaçom, com destaque para La Voz de Galicia, que mesmo quando Sílvia ficou livre, em princípio sem cargos, continuou a publicar títulos qualificando-a de "ativista da Resistência Galega". Da mesma forma, e como tem acontecido noutros casos, esse meio tentou envolver o Centro Social da Fundaçom Artábria no assunto, comparando-o com supostos locais de "nacionalistas radicais bascos" e disparates do género, além de falsidades com atribuir à própria Sílvia a presidência atual da Fundaçom.
Lei antiterrorista, intoxicaçom informativa, dispersom e solidariedade
Assistimos, em definitivo, à aplicaçom da Lei Antiterrorista com toda a sua dureza, contra duas pessoas adultas, mas com efeitos "colaterais" no filho de ambas. Porém, assistimos sobretodo a um exemplo "de livro" da perfeita sincronizaçom entre a atuaçom repressiva policial e o acompanhamento mediático ao ditado do Ministério do Interior, numha aberta manipulaçom de dados e factos para criar um estado de opiniom social ao serviço da criminalizaçom do independentismo galego.
Como resultado, Sílvia fica livre com cargos nom só penais, mas com a lousa de umha campanha de propaganda que a apresenta como perigosa "terrorista" que, segundo meios como El País, estava a preparar um atentado junto com o seu companheiro, Júlio. Delirantes intoxicaçons e difamaçons polas quais ninguém vai responder, e que dam ideia do péssimo nível democrático do atual regime espanhol e do sinistro papel jogado polos seus meios de comunicaçom públicos e privados.
Por seu turno, a solidariedade chegou de diferentes coletivos e organizaçons. Centros sociais como a Fundaçom Artábria ou a Revolta, coletivos antirrepressivos como Ceivar, organizaçons políticas como NÓS-Unidade Popular ou a compostelana Candidatura do Povo demonstrárom a sua solidariedade irrestrita. Curiosamente, outras como Izquierda Unida ou o BNG lançárom comunicados dous dias depois das detençons e falam unicamente do caso de Sílvia, como se só tivesse havido umha detençom e nom duas, seguramente em funçom do mais flagrante caso da detida que foi afastada do filho lactante, conduzida a Madrid e finalmente libertada, em princípio sem cargos, finalmente acusada de "colaboraçom".
Porém, convém nom esquecer que Júlio sofre já os rigores da dispersom carcerária a centenas de quilómetros da Galiza, podendo ficar preso em situaçom de "preventivo" até três anos sem julgamento por umhas acusaçons policiais amiúde carentes de peso. A solidariedade deve obrigatoriamente estender-se a ele e ao resto de compatriotas espalhados por diferentes prisons do Estado espanhol por motivos políticos relacionados com a reivindicaçom da independência da Galiza.
A verdade impom-se à propaganda criminalizadora: Silvia, livre sem cargos
[Atualizado às 13:30 de 31.10.12] Acaba de conhecer-se que Silvia Casal, umha das detidas anteontem num operativo alegadamente "antiterrorista", ficou livre sem cargos e sem ter que declarar na Audiência Nacional espanhola.
Infelizmente, a esperada liberdade sem cargos da vizinha de Trasancos nom vai fazer desaparecer todo o que já passou: assalto policial noturno à sua vivenda, "detençom" inclusive do filho de 8 meses na madrugada, intensa campanha mediática de criminalizaçom, acusando-a diretamente de "terrorista", suspensom de qualquer presunçom de inocência...
Meios como La Voz de Galicia ou o El País, pontas de lança nas campanhas paralelas montadas contra a dissidência política galega, deveriam resrponder pola sua irresponsável colaboraçom com as forças policiais na criminalizaçom gratuita de pessoas como Sílvia Casal, mas temos certeza de que isso nom vai acontecer, pois essa estratégia fai parte da política do regime.
Entretanto, Júlio Saiáns continua à espera de declarar perante o juiz da Audiência Nacional. Também ele está a sofrer a campanha de intoxicaçom paralela à repressom que o conduziu longe da sua terra em aplicaçom de umha Lei Antiterrorista própria de um regime totalitário como cada vez mais é o monárquico espanhol.
Espera-se que Júlio poda defender-se amanhá diante do juiz em Madrid.
O Diário Liberdade informará das novidades que vinherem a produzir-se sobre o caso.
[Atualizado às 10:00 de 31.10.12] Compostela e Vigo tenhem hoje concentraçons solidárias com independentistas detidas
Hoje há concentraçons em Vigo e Compostela.
Já ontem decorreu em Ferrol umha concentraçom às portas da sede administrativa da Junta da Galiza, com participaçom de umhas 120 pessoas, reclamando a liberdade de Sílvia e de Júlio, assim como o fim da campanha de criminalizaçom e intoxicaçom informativa em curso.
Como vimos informando desde a noite do dia 29, Júlio S.S e Sílvia C.S fôrom detidas em Ferrol pola polícia espanhola no que o Ministério do Interior do país vizinho chama de "operativo antiterrorista" numha nota de imprensa avidamente reproduzida polos meios de comunicaçom do regime, sem contrastar informaçons com a defesa dessas duas pessoas.
O coletivo antirrepressivo Ceivar explica que "como é habitual nestes operativos as garantias legais das pessoas detidas ficam suspendidas por mor da aplicaçom da lei antiterrorista, a começar pola incomunicaçom à que som submetidas desde o momento em que som arrestadas".
Por isso, chamam à participaçom "nas assembleias informativas abertas e acode as concentraçons que hoje e os próximos dias se vam celebrar no nosso país".
Parte desses actos já decorrérom ontem. Diferentes centros sociais de Ferrol, Ourense, Vigo e Lugo já abrigárom assembleias informativas por volta desta nova operaçom na que o Ministério do Interior espanhol nom está a dúvidar em recorrer à montagem fotográfica.
Completando as informaçons de ontem, Ceivar comunicou novos horários e convocatórias, que para hoje incluem:
Em Vigo: umha concentraçom solidária às 20h diante do MARCO (Rua Príncipe).
Em Compostela: Concentraçom solidária às 20:30 h na Praça do Pam.
A própria aplicaçom da legislaçom dita “antiterrorista” por parte do Estado espanhol contra os galegos e galegas supom umha flagrante violaçom de direitos fundamentais, confinando as pessoas que a padecem no isolamento e a transferência a centenas de quilómetros do seu lugar de residência, amiúde durante anos de prisom preventiva à espera de julgamento.
Porém, as formas que os operativos policiais anti-independentistas tomam no caso galego pioram essas condiçons, nom só pola atitude habitualmente hostil das forças repressivas, mas pola campanha paralela de intoxicaçom e criminalizaçom conduzida polos grandes meios de comunicaçom.
Assim aconteceu nesta ocasiom com o detido e detida na comarca de Trasancos, mas de maneira agravada pola existência de um bebé, filho d@s detid@s, que também sofreu a sua própria “detençom”, sendo conduzido à esquadra policial e mantida afastada da mae e do pai até ser entregue aos famíliares, de madrugada.
Entretanto, fotos de supostos explosivos e outras burdas manipulaçons acompanhárom os títulos da imprensa do sistema, que suspendeu o direito à presunçom de inocência das detidas e ofereceu em todo o momento cobertura ideológica e propagandística à polícia, reproduzindo unicamente a versom quase literal do Ministério espanhol do Interior.
NÓS-UP reclama o imediato regresso de Júlio e Sílvia à Galiza e o respeito por todos os seus direitos como pessoas detidas, devolvendo-as à liberdade quanto antes e evitando assim a habitual condena arbitrária que suponhem os longos períodos de prisom preventiva em regime de dispersom a centenas de quilómetros da Galiza.
Júlio e Sílvia, liberdade!
Basta de repressom contra o independentismo galego!
Direçom Nacional de NÓS-unidade Popular
Galiza, 30 de outubro de 2012
[Atualizado dia 30/10, às 13:00h] Detido e detida na operaçom repressiva de Ferrol enviados à Audiência Nacional espanhola, em Madrid
Fontes da defesa de Júlio e Sílvia confirmam que a polícia tem intençom de enviá-los para Madrid, em aplicaçom da Lei antiterrorista.
Familiares, amizades, companheiros e companheiras das duas pessoa detidas ontem em Narom continuam nestes momentos concentradas em frente à esquadra policial de Ferrol, na avenida de Vigo, onde Júlio e Sílvia continuam presas desde que fôrom detidas num operativo da Polícia espanhola que o Ministério do Interior considerou "antiterrorista".
Como noutros casos parecidos, a Polícia espanhola afirmou ter encontrado "abundante documentaçom, agendas e material informático" no registo da vivenda das duas pessoas detidas. Porém contrariamente às imagens difundidas pola própria força repressiva e por diversos meios de comunicaçom, nom encontrárom nengum tipo de material ligado a qualquer atividade ilegal, nem explosivos, nem nada parecido.
O anterior nom impede que os media do sistema tenham posto em andamento desde o minuto 1 o seu particular "operativo" de intoxicaçom contra as duas pessoas detidas, numha campanha de criminalizaçom repetida com cada nova operaçom "antiterrorista".
A própria aplicaçom da legislaçom dita “antiterrorista” por parte do Estado espanhol contra os galegos e galegas supom umha flagrante violaçom de direitos fundamentais, confinando as pessoas que a padecem no isolamento e a transferência a centenas de quilómetros do seu lugar de residência, amiúde durante anos de prisom preventiva à espera de julgamento.
Porém, as formas que os operativos policiais anti-independentistas tomam no caso galego pioram essas condiçons, nom só pola atitude habitualmente hostil das forças repressivas, mas pola campanha paralela de intoxicaçom e criminalizaçom conduzida polos grandes meios de comunicaçom.
Assim aconteceu nesta ocasiom com o detido e detida na comarca de Trasancos, mas de maneira agravada pola existência de um bebé, filho d@s detid@s, que também sofreu a sua própria “detençom”, sendo conduzido à esquadra policial e mantida afastada da mae e do pai até ser entregue aos famíliares, de madrugada.
Entretanto, fotos de supostos explosivos e outras burdas manipulaçons acompanhárom os títulos da imprensa do sistema, que suspendeu o direito à presunçom de inocência das detidas e ofereceu em todo o momento cobertura ideológica e propagandística à polícia, reproduzindo unicamente a versom quase literal do Ministério espanhol do Interior.
NÓS-UP reclama o imediato regresso de Júlio e Sílvia à Galiza e o respeito por todos os seus direitos como pessoas detidas, devolvendo-as à liberdade quanto antes e evitando assim a habitual condena arbitrária que suponhem os longos períodos de prisom preventiva em regime de dispersom a centenas de quilómetros da Galiza.
Júlio e Sílvia, liberdade!
Basta de repressom contra o independentismo galego!
Direçom Nacional de NÓS-unidade Popular
Galiza, 30 de outubro de 2012
[Atualizado dia 30/10, às 11:30h] Repressom política: Polícia espanhola detém em Narom duas pessoas e acusa-as de 'terrorismo'
Duas pessoas ligadas a diferentes movimentos sociais de Ferrol fôrom detidas passadas as 23 horas desta segunda-feira por efetivos da Polícia espanhola, que as acusa de serem "supostos membros" de Resistência Galega.
"Detido" também um meninho de 8 meses, filho de Júlio e Sílvia
O episódio seria "só" mais um operativo de repressom política dos que ultimamente se sucedem na Galiza, se nom fosse porque, além das duas pessoas adultas, foi "detido" também o filho de ambas, um neno de só 8 meses.
O meninho estivo em dependências policiais desde o momento da detençom, polas 11 da noite, afastado dos pais, até ser entregue a familiares da mae às 3 da manhá. Entretanto, Júlio Saiáns e Sílvia Casal, as duas pessoas adultas detidas pola polícia espanhola, ficavam toda a noite incomunicadas.
Concentraçom solidária convocada para as 20 horas de hoje em frente à esquadra policial
Se bem a detençom aconteceu em Narom, as pessoas detidas fôrom conduzidas para a esquadra de Ferrol, onde continuam privadas de liberdade no momento de redigirmos esta informaçom. Para as 20 horas foi já convocada umha concentraçom em Ferrol, para reclamar a liberdade do detido e da detida, segundo as últimas informaçons recebidas polo Diário Liberdade.
Versom dos meios do regime: Criminalizaçom em "piloto automático"
A detençom foi divulgada em numerosos meios de comunicaçom espanhóis e da burguesia, reproduzindo todos de maneira quase idêntica a mesma narraçom dos factos e referindo o Ministério espanhol do Interior como fonte única.
A acusaçom que, segundo esses meios, se dirige contra um dos detidos, Júlio Saiáns, é a de fazer parte ou mesmo chefiar o que denominam "aparelho de financiamento" da suposta organizaçom "Resistência Galega", cuja existência orgánica nom foi até hoje provada. Quanto à segunda detida, Sílvia Casal, refere-se um suposto "vínculo" com o mesmo "aparelho de financiamento" como motivo para ter sido incluída no operativo repressivo lançado na noite de hoje na cidade de Narom. A versom do Ministério do Interior remete para umha operaçom policial acontecida em novembro de 2011 como preámbulo da acontecida nesta segunda-feira.
Tanto Júlio como Sílvia som conhecidos polo seu trabalho social em diferentes entidades e iniciativas sociais no ámbito da esquerda e do independentismo, o que fai temer que estejamos diante de umha nova campanha criminalizadora contra a atividade independentista na Galiza.
Como significativo sintoma dessa campanha, o Ministério espanhol do Interior e a imprensa do regime fam referência nas suas "informaçons" ao nome galego de Júlio, escrito "Xulio", como "álias" (nome suposto habitualmente atribuído a delinqüentes). Umha habitual prática policial espanhola no caso dos detidos galegos, que parte do franquismo, e que consiste em identificar os nomes galegos como "álias" e nom como simples nomes patronímicos que som.
Também existe unanimidade na deturpaçom do topónimo da cidade onde se desenvolveu o operativo repressivo: O Ministério espanhol do Interior espanholiza o nome da cidade de Ferrol como "El Ferrol" (legalmente inexistente) e todos os meios burgueses, inclusive os galegos, reproduzem o mesmo topónimo barbarizado.
Como mostra da prática criminalizadora dos media, reproduzimos o título publicado polo digital espanhol El País, que exclui qualquer referência à presunçom de inocência ao falar diretamente do "chefe do aparelho de financiamento de Resistência Galega".
Na mesma linha, La Voz de Galicia nom duvida em considerar o detido e a detida como "ativistas de Resistência Galega", apesar de nom terem sido condenados, nem sequer julgados, por tal facto. Eis a prova da descarada criminalizaçom do digital corunhês:
Esperamos poder informar proximamente sobre as novidades que produzirem neste aparente novo caso de repressom política, nomeadamente com as informaçons que venham a conhecer-se do lado da defesa das duas pessoas detidas, que já estám a ser alvo da criminalizaçom informativa por parte dos meios do sistema.