Em pé por um ensino público e galego!
Nos últimos anos estamos assistindo a um maior endurecimento das condiçons de vida das camadas populares galegas. Isto reflicte-se também, como nom podia ser de outro jeito, no âmbito educativo. Assim, som inúmeros os recortes e reformas impostas à educaçom pública (recorte e supressom de bolsas, suba das taxas universitárias, reduçom nos comedores públicos, minimizaçom do limite de vagas, etc.) sob o pretexto dumha crise econômica, em que, "paradoxalmente", aumentam os ganhos das grandes elites econômicas e investe-se dinheiro público em resgatar bancos ou manter iniciativas privadas ao tempo que se nos di que temos que "apertar o cinturom" e aceitar os recortes. Uns exemplos disto seriam a recente eliminaçom das bolsas Erasmus a quem é receptor das MEC; estas últimas forom umha desagradável surpresa para as universitárias ontem, já que muita gente viu negadas as suas solicitudes ou concedidas numha medida muito inferior à que deveriam.
A famosa lei de Wert ou lei LOMCE pretende aprofundar e impor pola via da legalidade este desmantelamento programado da educaçom pública ao tempo que implementa umha campanha espanholizadora e uniformizadora que perpetue esse cárcere de povos que é Espanha. Assim, vemos como na contra-reforma educativa, a nossa língua é relegada a um plano muito secundário e a nossa realidade nacional fica fora de todo o programa educativo, centralizando os temários a nível estatal e intrometendo-se nas já de por si pequenas competências em matéria educativa da Junta da Galiza.
Mas a LOMCE nom só impede o acesso a umha educaçom de qualidade para todas e todos, nem só anula os já exíguos direitos culturais e lingüísticos da Galiza, também reforça um programa ideológico sustentado na submissom da mulher ao homem ao dar maior importância à religiom católica na educaçom e ao aumentar o número de professoras nesta cadeira; e promove as assimetrias entre os gêneros ao financiar com dinheiro público os centros que segregam por sexo. Ademais de religiom, já estám desenhados os croquis do conjunto de cadeiras que vam compor o ensino nos próximos anos, todas elas de marcado caráter retrógrada e promotor do capitalismo extremo e da mercantilizaçom das jovens, como é o exemplo de "Iniciativas Empreendedoras".
Ante todos estes ataques o estudantado galego sempre sabe estar à altura, como se demonstrou na greve de 24 de outubro, que obtivo um apoio massivo, vaziando quase a totalidade de aulas do País e enchendo as ruas com maciças manifestaçons. A esta demonstraçom de força respondeu o Estado com a fórmula à que já nos tenhem acostumadas: com feroz repressom, como se puido ver os passados 20 e 21 de novembro em Vigo, onde a polícia prendeu e malhou nas estudantes que se manifestavam em contra da LOMCE.
Por todo isto achamos que é o estudantado da esquerda nacionalista e independentista quem tem que tomar a iniciativa e continuar com as dinâmicas mobilizadoras, combatendo a quem quer privar à classe trabalhadora e às mulheres de aceder à educaçom de qualidade e plantando cara a quem nos pretende assimilar como povo.
Desde AGIR, Comités e a Liga Estudantil Galega queremos agradecer ao conjunto da Plataforma Galega em Defensa do Ensino Público o seu apoio e ajuda contra esta frente comum que som este tipo de políticas ditatoriais. Contra o espanholismo, a privatizaçom e o patriarcado no ensino, luita estudantil !