Mais umha vez, a escadaria da praça das Pratarias, na capital galega, acolheu o ato de apresentaçom da convocatória de mobilizaçom juvenil pola independência.
Será o terceiro ano consecutivo. Às primeiras integrantes da Coordenadora Juvenil, Agir, Briga, Comités, Galiza Nova, Isca e LEG, somam-se Terra e Xeira, surgidas ao longo deste último ano como conseqüência da autodissoluçom de Adiante, caindo a AMI, também desaparecida meses atrás.
Representantes das organizaçons juvenis e estudantis de esquerda e independentistas apresentárom a iniciativa no meio-dia de hoje. A legenda escolhida é "Venceremos nós! A mocidade galega pola independência".
Reproduzimos o comunicado feito público no ato de hoje em Compostela.
A mocidade galega pola independência! Venceremos nós!
Mais um ano, nós, a mocidade independentista e nacionalista da Galiza, entendemos a necessidade de sairmos à rua, unidas, para manifestarmos a firme intençom de construir a nossa própria liberdade, para nós e para a nossa naçom. Contra todas as ferramentas que o Estado impujo, fomos quem de amossar a fortaleza e o futuro dum povo que nom se rende, que se nega a ser preso deste cárcere de naçons assovalhadas chamado Espanha.
Por isso nós, moças e moços galegos, força e parte de toda mudança social, rebelamo-nos contra esta realidade miserenta, damos um passo à frente para construir juntas esse sonho da liberdade e chamamos a mocidade galega a unir vozes nesta causa para que a nossa força seja hegemónica, para autoorganizar-nos e avançar no processo de autodeterminaçom conquistando assim a indepêndencia da Galiza.
O Estado agride-nos e procura a eliminaçom do nosso povo para assim destruir a nossa condiçom de naçom. Intenta anular-nos a nós, a mocidade, condenando-nos à emigraçom, a engrossar as filas do seu exército de desempregad@s ou a sofrer a exploraçom em trabalhos que apenas alcançam para sobreviver.
Entendêrom que a única forma de alcançarem umha assimilaçom absoluta é a destruiçom da nossa realidade diferenciada, por isso deixam morrer os nossos maiores e obrigam-nos a marchar a nós, ficando cada dia um pouco mais ferida e vazia a nossa terra.
Afundam dia a dia na exploraçom do nosso país, extraindo todos os recursos primários que precisem sem lhes importar a destruiçom do nosso médio, sem recordarem as catástrofes ecológicas que nos obrigárom e obrigarám a sofrer. Quitam-nos o nosso e só nos dam a oportunidade de sobreviver com as migalhas que nos deixam.
Utilizam a educaçom para assovalharem e destruírem o galego, convertendo, com as suas leis, a nossa cultura e a nossa identidade em elementos folclóricos para o deleite de turistas e políticos do regime em dias de festa, estigmatizando e impedindo o seu uso entre a mocidade e nas cidades.
Atentam contra a nossa liberdade como mulheres livres de decidirmos sobre o nosso corpo e a nossa vida, impondo umha legislaçom patriarcal que nos obriga a servir como produtoras de mao de obra barata que abasteçam o capital internacional.
Perseguem e criminalizam os protestos sociais numha deriva autoritária legitimada formalmente através de medidas como a “lei mordaça”, normalizam o seqüestro e agressom a ativistas com as suas forças de ocupaçom, somando este ano já numerosas jovens detidas em mobilizaçons estudantis e impatantes campanhas repressivas que se tenhem saldado com o encadeamento de militantes independentistas para as que reclamamos o fim da dispersom e a sua posta em liberdade!
Mas, apesar do presente adverso, também existem provas patentes da nossa capacidade para combatermos as ofensivas do Estado e do capital: as luitas do sindicalismo nacional e de classe nos conflitos laborais e nos centros de trabalho, do movimento estudantil contra a LOMQE e o 3+2, das mulheres contra a Lei do Aborto, dos movimentos em defesa da nossa língua e das plataformas de solidariedade. Nós, a mocidade consciente, devemos ser quem de nos pôr à frente das mesmas e entender a necessidade de aglutiná-las e entrelaçá-las de cara à sua confluência no movimento de libertaçom nacional. Por isso mesmo, chamamos à mocidade a acudir e secundar a mobilizaçom que percorrerá as ruas de Compostela neste 24 de julho.
Estamos fartas de reagirmos frente os ataques, de sermos a constante voz da negativa e da resistência. Assumimos a responsabilidade de somar forças para a construçom de alternativas à destruiçom da nossa naçom, ao Patriarcado e o Capitalismo, de afrontarmos com valentia o necessário empoderamento juvenil que combine todos os elementos e ferramentas necessárias e existentes no nosso país e que tenha umha autêntica vontade por alcançar o objetivo estratégico polo que leva lutando historicamente a esquerda nacional: A INDEPENDÊNCIA.
VIVA GALIZA CEIVE!