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1324813380 0Galiza - Sermos Galiza - [Xurxo Alhegue] Nom é por acaso que encabece com o título dumha cançom que escuitei muito de menino, quando me encontrava junto com os meus pais, irmaos é o meu tio Quico na diáspora mesetária, e que com o tempo marcaria a minha pessoalidade atual, ideologicamente falando,  fundamente nacionalista. 


Vem isto a modo de limiar do que realmente quixer compartilhar com todas e todos vós. Que nom é outra cousa que contextualiçar a fervença de opinions do mais variadas sobre o que deve ser o percurso e actuaçons do BNG antes e após da XV assembleia nacional, relatórios, artigos, etc que em muitas ocasions na minha modesta opiniom nom vam ao cerne da questom principal, do porquê e sobretodo do para qué é necessario o soberanismo, a auto-organizaçom do povo galego, e já que logo a importância da existência do BNG como a única organizaçom capaz de aglutinar ao redor de si todo o soberanismo galego de esquerdas. Qual é ao meu modesto entender o cerne da questom, e o que lhe falta ao BNG e ao seu entorno social? Pois ainda que a militância e a organizaçom em que se organiza esta, fez muito por esta naçom cumha generossidade na maioria dos casos fora de toda dúvida e com quase sempre o vento de proa, com exemplos como: a criaçom desde o nada e com todo contra dumha organizaçom política soberanista e auto-organizada no país com umha forte presença em todo o território e com cerca de 500 vereadores eleitos, a criaçom dumha organizaçom sindical nacional galega que vai a caminho de ser a primeira força no campo sindical na nossa naçom, e sem esquecer a criaçom duma estrutura cultural nacional que faz de barragem contra as políticas de asimilaçom levadas a cabo por parte do estado colonialista espanhol e os sucessivos governos sipaios da Junta da Galiza com a única exceçom dos três anos e meio do bipartido. No entanto, o que nos falta, embora fizéssemos este trabalho imenso, é umha maior coerência na forma de atuar a título individual e como organizaçom, atendendo ao que somos e ao para que somos.

Ninguém diz que ser nacionalista num país colonizado fosse doado, e a mim nom me ocorre outro motivo para existir como organizaçom que nom seja a consecuçom da libertaçom nacional de Galiza, quer dizer, trabalhar pola independência da nossa naçom e a criaçom dumha república independente ao serviço das maiorias sociais do povo galego, que passariam assim a controlar e ser donas dos seus recursos económicos, energéticos, produtivos e culturais. E isto é incompatível com algumhas atuaçons que se fazem sem nengum tipo de pudor por gente a nível individual e de organizaçom. Nom se pode dizer que és soberanista e sendo alcaide esbanjar dinheiro público em alugar um ecrã para promover que se veja um jogo da seleçom do estado que te coloniza e nom permite que jogue a tua seleçom nacional, acho que seria melhor gastá-los por exemplo numa banda musical como Nao, Sés etc…Também nom se pode, por muito bem que o estejas a fazer e gerir em quase todos os sentidos, colaborar com desfiles militares na tua vila ou cidade das forças espanholas de ocupaçom na Galiza, ou noutro tipo de exemplos a nível individual, estar subscritos a jornais espanholistas, continuar com contratos com empresas energéticas sediadas em Madrid… quando temos posibilidades auto-geridas na Galiza.

Porém, se nos centrássemos em qual é o nosso objetivo, a razom de sermos, e trabalhássemos todas no que realmente queremos, quer dizer, na emancipaçom nacional da Galiza, há um caminho cheio de coêrencia e oportunidades para essa construçom nacional, no que todo o corpo social do BNG se poderia sentir partícipe e orgulhoso da construçom dessa nova naçom galega, justa, igualitária, fraternal e respeitosa com a sua riqueza natural e patrimonial. Para isso compre que o BNG e cada umha de nós nos envolvamos ativamente na criaçom dum estado paralelo, apoiando e promovendo umha média galega de subscriçom popular como é o Sermos, para que acabe sendo uma média integral, com canal de rádio e tv. Que apoiemos desde a própria organizaçom e implicando a militância, em iniciativas como a dumha empresa cooperativa energética de renováveis como Nosa Enerxia que suporia dar as costas ao colonialismo e oligopólio que praticam as grandes elétricas no nosso país, onde nos deixam os impactos meio-ambentais da sua exploraçom, mas levam para fora do país os lucros da mesma. E além disso, por que nom fechar o ciclo com umha banca ética popular nacional galega impulsada também desde a nossa organizaçom e o tecido nacionalista ao redor do BNG, de accionariado popular para que as nossas poupanças nom emigrem como na atualidade senom que sejam utilizadas para o progresso económico-social do povo galego? Para isto é para o que deve trabalhar a nossa organizaçom, nom só para gerir as instituiçons, que ninguém discute seja também importante, senom para o mudar todo com as nossas próprias maos e ferramentas, porque se concordarmos em que nunca virá de fora remédio nem esperança, cantemos todas e todos a mesma cançom junto ao bardo Mini “Se nom temos sachos, façamo-los nós, arados de ferro e carros com bois…”, Porque esse é o nosso verdadeiro porquê e para quê, e nom simplesmente o pensar em termos de resultados eleitorais a curto praço esquecendo a nossa verdadeira razom de sermos.


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