1. Orgulhamo-nos imensamente da trajetória de resistência, trabalho incansável e demonstraçom de força e capacidade de autoorganizaçom que a Unidade Popular demonstrou ao longo de 15 anos de vida. A sua história está inçada de pequenos fracassos, erros, mas também de grandes passos avante, de liçons práticas e teóricas e dumha experiência inesquecível assumida por dúzias de militantes que continuarám e continuaremos luitando por Galiza, o Feminismo e o Socialismo.
2. A desapariçom de NÓS-Unidade Popular nom constitui um fracasso per se. Entendemos que o progresso político da esquerda independentista da qual fazemos parte nom passa necessariamente, e assim o expressamos sempre, pola irrenuncíavel presença de determinadas siglas. A extinçom dum projeto pode significar muitas cousas. A história dirá no curto-meio prazo para que é que serviu esta dissoluçom em concreto. A juventude de BRIGA compromete-se a avançar para que a leitura que fagamos no futuro deste passo esteja alicerçada na vontade construtiva que moveu a maioria da filiaçom a dissolver esta entidade.
3. Devemos começar, para já, a transmitir que entendemos esta dissoluçom como o melhor passo que da nossa corrente política se podia dar para promover um trabalho otimizado nas frentes de intervençom em que por enquanto o fazia a filiaçom de NÓS-UP, favorecendo as necessárias sinérgias e confluências que alimentem essa unidade popular ampla, abrangente e motivante que a militáncia da esquerda independentista deste país ainda nom deu construído.
4. É por isso que um passo atrás pode transformar-se em dous adiante. E para isso, esta etapa deve ser fechada ligando com umha nova de colaboraçom, entendimento, diálogo e vontade que a militáncia de BRIGA assume como própria, com o fim de colocar os cimentos dum novo projeto político sem data sobre uns esteios sólidos comarca a comarca e unificadora das luitas de todos os movimentos sociais. Sem pressas, e sem pausa.
5. BRIGA nom está condicionada por esta dissoluçom. A militáncia de BRIGA continua integramente involucrada neste projeto juvenil que para já deve organizar a XI Jornada de Rebeliom Juvenil, um fito histórico da juventude trabalhadora galega autoorganizada, que leva mais dumha década desafiando inimigos, rivais e adversários de todo signo.
6. A partir de agora, BRIGA enfrenta o difícil mas motivador desafio dum percurso organizativo juvenil que carece polo momento, de qualquer referente político partidário pola primeira vez na nossa história. Nom é umha situaçom que desejemos, mas tampouco é umha situaçom que nos frustre: estamos preparad@s para os retos do presente e do futuro, e vamo-lo demonstrar.
7. Animamos a juventude galega a nom perder a confiança em si própria, a fazer parte dos projetos nacionais da esquerda emancipadora e transformadora, e a fomentar espaços de encontro que sirvam de aglutinantes para avançar na confraternizaçom e a mestizagem entre jovens pertencentes às diversas organizaçons existentes.
8. Nom renunciamos nem renunciaremos a construir um projeto político GALEGO, INDEPENDENTISTA, SOCIALISTA E FEMINISTA. Somos herdeir@s dumha linhagem política inquebrantável no seu compromisso com a Pátria, frontal inimiga do sistema patriarcal, antagónica com o Estado-naçom capitalista que é Espanha e o projeto imperialista e antidemocrático da Uniom Europeia. Somos internacionalistas e desejamos a autodeterminaçom de todos os povos do mundo, a começar polo nosso próprio. A nossa melhor contribuiçom aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o planeta é conquistar a nossa liberdade.
VIVA GALIZA CEIVE, SOCIALISTA E FEMINISTA!
DENANTES MORT@S QUE ESCRAV@S!