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bandeiras galizaGaliza - Diário Liberdade - Entidadades diversas do ámbito da esquerda nacional assinam um manifesto prévio ao Dia da Pátria, apelando a luitar pola plena soberania e a participar nas convocatórias patrióticas do 25 de julho.


A iniciativa dá continuidade a umha similar no ano passado, contrastando em simultáneo com a incapacidade de articular umha resposta mobilizadora em termos também unitários.

Reproduzimos a seguir o manifesto, seguido da lista de organizaçons que a subscrevem.

Viva a Pátria Galega!

A Galiza é umha naçom oprimida polo Estado espanhol. Esse submetimento fai parte da história, mas também estende os seus tentáculos na atualidade, para garantir a perpetuaçom de um sistema baseado no fomento das desigualdades. Na carência de soberania radicam a imensa maioria dos graves problemas que padecemos todas as persoas que conformamos este povo e como naçom. Por isso, frente às reivindicaçons soberanistas das naçons que integram o Estado espanhol, este responde impulsando um forte processo de recentralizaçom e anulaçom dos direitos nacionais e de repressom constante contra aqueles homens, mulheres, organizaçons e luitas que os reivindicam.

O atraso secular que arrastamos deriva da exploraçom económica, da dominaçom política e da assimilaçom cultural a que a Galiza se vê submetida por Espanha, um Estado que conculca os mais elementares direitos coletivos de umha naçom como a Galiza, um Estado que impossibilita o exercício do direito de autodeterminaçom recolhido em todos os tratados e protocolos internacionais.

A crise económica, política, institucional do regime espanhol acelerou a recentralizaçom e a implementaçom de um conjunto de medidas tendentes a destruir a nossa identidade nacional e a reforçar os mecanismos de dependência que visam inviabilizar-nos economicamente.

A crise económica está a ser a coartada empregada polo Governo espanhol para aplicar toda umha serie de políticas neoliberais ditadas pola Troika, que estám a arruinar as classes populares e o conjunto do povo galego. Roubam-nos direitos laborais, empobrecem os salários, expulsam-nos para a emigraçom, impedem a capacidade de produzir dos nossos setores produtivos e industriais básicos, condenam-nos ao desemprego e à precariedade, arrastam-nos até a exclusom social, deterioram e privatizam os serviços públicos, despejam-nos das nossas vivendas...

É evidente que a situaçom económica e social do povo galego será outra se possuirmos um sistema financeiro próprio, se tivermos capacidade para decidir diretamente as políticas agrárias, pesqueiras ou as que tenhem a ver com as potencialidades da nossa indústria naval, se dispugermos de capacidade para decidir a ordenaçom do nosso território, e se acreditarmos na nossa lingua e cultura como genuína expressom da nossa maneira de tripar a terra. O povo galego está a padecer as conseqüências devastadoras da ausência de soberania no quadro de umha crise do sistema capitalista e da crise de umha UE radicalmente neoliberal, dominada polos mercados financeiros. Numha tentativa de frear a vontade de soberania e democracia dos povos, suportamos um dramático processo de involuçom de direitos e liberdades.

Perante esta adversa situaçom, um setor destacado deste povo temos a firme determinaçom de exercer como galegas e galegos, de recuperar os direitos nacionais perdidos, de caminhar mediante a ruptura democrática para um processo constituinte que culmine na proclamaçom da República da Galiza, pois é a única forma para sentarmos as bases de um verdadeiro desenvolvemento económico e social, da criaçom de emprego, da recuperaçom dos direitos sociais e da qualidade de vida do povo galego.

Por todo isto, perante o Dia da Pátria de 2014, as forças políticas, sindicais e sociais abaixo assinadas apelamos:

1. Ao nosso povo para secundar ativamente todas aquelas iniciativas patrióticas promovidas nas vindeiras semanas ao longo da Naçom que reclamem o direito a decidir, a soberania e a independência nacional da Galiza.

2. A pendurar nas varandas, janelas, fachadas de casas e vivendas, o emblema nacional da nossa pátria, a bandeira da Galiza.

3. A reclamarmos, coletivamente, a começar polo povo Galego, o direito dos povos a viverem em liberdade, com base nos principios básicos de autodeterminaçom e de justiça.

Galiza, de 22 julho de 2014.

- Agir

- Bloque Nacionalista Galego (BNG)

- Briga

- Causa Galiza

. Ceivar

- Central Obreira Galega (COG)

- Comités

- Confederaçom Intersindical Galega (CIG)

- Federación Rural Galega (FRUGA)

- Galiza Nova

- Liga Estudantil Galega

- NÓS-Unidade Popular (NÓS-UP)

- Partido Comunista do Povo Galego (PCPG)


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