É absolutamente indignante que se nos fale de austeridade cortando orçamento em todo tipo de serviços e prestaçons sociais, reduzindo ajudas a clubes desportivos galegos de base, e que depois se organicem este tipo de fastos com o intuito de "promocionar o desporto", quando o único que se fai é propaganda política de corte chauvinista espanhol aproveitando o tirom do desporto de elite.
De novo assinalamos a evidente contradiçom que supom essa política consistente em promover a celebraçom de eventos das seleçons espanholas na Galiza e ao mesmo tempo negar-se a organizar eventos das seleçons galegas, sempre em nome da austeridade e de umha conceiçom do desporto afastada de contaminaçons políticas. O interesse desportivo dos amigáveis das seleçons espanholas é inexistente, e os únicos interesses som o económico por parte das federaçons e o político por parte dos cargos institucionais que pretendem reforçar a sua imagem a costa destes espetáculos.
Desde logo, se a Secretaria Geral para o Desporto depende da Conselharia de Cultura, e a Conselharia de Cultura se tem que ater à norma institucional básica da autonomia galega que é o seu Estatuto de Autonomia, com certeza está malversando fundos públicos ao promover estes eventos desportivos de elite, toda vez que as instituiçons autonómicas devem agir na linha de defender a identidade e cultura galegas. Se o desporto é umha manifestaçom cultural, trasladado esse princípio básico ao desporto, nada há mais acorde com defender a identidade galega que defender as seleçons galegas como expressons genuínas do desporto galego, e nada há mais contraditório com isso que promover eventos onde à Galiza nem se lhe nomea e cujo único papel reservado para o povo galego é admirar a uns desportistas de elite aos que se lhes dá o monopólio da nossa representaçom ainda que entre eles nom houver nengum galego.
Nom queremos seleçons espanholas no nosso país, como nom for para enfrentar-se às nossas seleçons, que levarám as cores da Irmandinha.
Galiza, 10 de agosto de 2014