Com a participaçom da Através Editora, música e "mais surpresas", a obra de Carlos Calvo será apresentada no Centro Social Mádia Leva!, que desenvolve umha intensa atividade na cidade.
"Os textos que Carlos Calvo nos entrega neste livro som como estouros de estalitroques, como a vaca-loura diante da escavadora, como as bandeiras que aparecem nos prados, como umha janela recém pintada de azul, como um quero-te na ponta da língua, como umha escola com crianças a falar a nossa língua, como pegadas de urso no Courel. Som palavras criadoras", explica no prólogo dos "Diários" Séchu Sende - de quem, aliás, o Diário Liberdade acabou de co-editar a sua última obra.
Carlos Calvo explicava, com atitude humilde numha entrevista recente, que nom achava nada de heroico na obra que agora apresenta, trabalhada desde as prisons espanholas. O autor sofreu na sua pele a atitude mais terrível do regime espanhol: a 15 de setembro de 2012 foi detido em Vigo acusado de “terrorismo” e estivo preso em diferentes cadeias - todas fora da Galiza, em aplicaçom da dispersom penitenciária com que o Estado espanhol impom umha pena adicional inecesária e sem julgamento - até que em janeiro de 2016 foi absolvido, logo de multidom de recursos, da pena de 14 que a Audiencia Nacional espanhola queria que padecesse.