Para Vainer, que é professor da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ), a cidade brasileira é o resultado de um processo histórico. Nascida na época da escravidão e transformada com o desenvolvimento do capitalismo brasileiro, durante o século XX, torna-se muito desigual.
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Durante a época desenvolvimentista (anos 40, 50 e 60) e a ditadura (1964-1985) as cidades foram geridas de forma autoritária por suas elites, sempre a serviço dos interesses da especulação imobiliária e sem participação popular.
Com o fim da ditadura, no final dos anos 80, se abre a possibilidade histórica de mudar esse modelo de gerenciamento. De um lado, se coloca a necessidade de democratizar as gestões das cidades para servir aos interesses do povo. Do outro, se injeta a ideia de ter um tipo de cidade gerida a favor dos interesses do mercado, tendo o estado como patrocinador desse modelo, que acaba vitorioso.
Nos anos 90, com a vitória das forças neoliberais, o Brasil passa a ter um novo tipo de cidade: a "cidade-negócio".
A "cidade-negócio" bane a disputa política, criminaliza as classes populares, ignora os interesses de seus moradores e implanta a "democracia direta do capital". Porém, há resistências como se viu nas "Jornadas de Junho".
Assista a entrevista completa: