Em comunicado desta quinta-feira (12), o MST informa que já encaminhou às autoridades um pedido de investigação e punição ao autor do anúncio, que também oferecia uma recompensa de R$ 10 mil para quem atendesse o pedido - que incentiva o assassinato do líder camponês -, e a todos os outros fascistas que o compartilharam, "uma vez que são autores do crime de incitação à prática de homicídio".
De acordo com o MST, o panfleto "é apenas um reflexo dos setores da elite brasileira que estão dispostos a promover uma onda de violência e ódio, com o intuito de desestabilizar o governo e retomar o poder, de onde foram afastados com a vitória petista nas urnas em 2002".
O movimento culpa os reacionários golpistas da direita tucana, que estão em campanha pelo golpe contra a presidente Dilma Rousseff, e a imprensa burguesa, "órfã de ética e de responsabilidade social" e "que forma seus leitores com a mentalidade do autor que fez o criminoso cartaz sobre Stedile". "É quem alimenta as redes sociais com os valores mais anti-sociais e incivilizatórios", denuncia o MST.
Para combater os ataques da extrema-direita, como essa ameaça de morte a Stédile, o comunicado do MST exige uma profunda reforma política "que nos leve a uma nova Assembleia Nacional Constituinte, exclusiva e soberana", taxar as grandes fortunas e "enfrentar o poder dos rentistas e do sistema financeiro", e democratizar a comunicação para assegurar, igualmente, a liberdade de expressão e o direito à informação, "direitos bloqueados pelo monopólio da comunicação existente no país".