O partido já havia lançado nota deixando claro que não apoiaria nenhuma candidatura, porém assinalou nenhum voto para o candidato Aécio Neves (PSDB).
Além dos deputados Edmílson Rodrigues , Chico Alencar, Jean Wyllys e Ivan Valente, Marcelo Freixo, deputado da legenda no estado do Rio de Janeiro, já havia declarado voto em Dilma. O PSOL do estado do Pernambuco, dentro das resoluções da nota do partido, também anunciou voto crítico em Dilma e campanha contra o candidato Aécio Neves.
Leia nota dos deputados federais do PSOL:
"Nós, deputados federais do PSOL, trocando ideias e respeitando os princípios partidários, como é nosso dever, construímos uma posição COLETIVA - serena e clara - diante do embate do 2º turno presidencial:
1. Um pleito em 2º turno, quando nosso projeto partidário não está ali representado, é mais uma eleição do não do que do sim;
2. O PSOL vê com preocupação o avanço conservador no Congresso Nacional, com a votação expressiva de representantes da ultradireita, do fundamentalismo, do corporativismo empresarial e latifundiário, do ruralismo antirreforma agrária e violador dos direitos indígenas, do patrimonialismo, do discurso de ódio à diversidade e aos direitos humanos e do clientelismo dos currais eleitorais;
3. No plano nacional, há uma divisão na sociedade, com os setores mais à direita, do privatismo total, da corrupção estrutural e sistêmica, de parte significativa da mídia grande e dos avessos à participação popular alinhados com Aécio, isto é, com PSDB, DEM, PTB, PSC; de outro, com as evidentes contradições do PT e do governo Dilma, assemelhado aos tucanos até na continuidade da corrupção, alinham-se movimentos, personalidades e partidos com viés mais progressista;
4. Para nós, do PSOL, nossa missão principal nesta disputa eleitoral encerrou-se no 1º turno, no qual, nos estados e no país, com Luciana Genro, afirmamos nossas propostas programáticas básicas e um novo modo de fazer campanha política, sem os aparatos enganosos das candidaturas milionárias, prisioneiras de empreiteiras, bancos, frigoríficos e mineradoras que as financiam;
5. Sem qualquer intenção de participação num eventual novo governo ou de formar 'base de sustentação' a ele, manteremos nossa condição de oposição programática de esquerda, seja qual for o(a) presidente eleito(a), preservando assim, nossa posição crítica, fiscalizadora e propositiva;
6. Diante da composição de forças políticas e sociais que se constituiu, com os vínculos entusiasmados dos setores mais conservadores e retrógrados com a candidatura tucana, e do retrocesso que isso pode representar, dentro dos marcos aprovados pelo PSOL em Resolução divulgada em 8/10, declaramos nosso voto em Dilma;
7. Seguiremos na luta, nas ruas, nas redes e nos parlamentos, por Reforma Política com participação popular, por Reforma Tributária que grave os mais ricos, por políticas de superação estrutural da desigualdade social e inter-regional, pela auditoria da dívida, pelo combate a todas as discriminações, por uma política externa independente da hegemonia estadunidense e por um Brasil livre, soberano, justo, igualitário e fraterno.
Brasília, 10 de outubro de 2014
Edmílson Rodrigues (Pará);
Chico Alencar (Rio de Janeiro);
Jean Wyllys (Rio de Janeiro);
Ivan Valente (São Paulo);
Deputados eleitos do PSOL".
O deputado Cabo Dacilo (PSOL-RJ) não assina a nota. Em sua página no facebook ele convida seus eleitores para uma reunião no próximo dia 17 para conversar sobre o segundo turno. Veja aqui.
Leia nota do PSOL de Pernambuco:
"Resolução do PSOL-PE sobre o 2º turno das eleições presidenciais
Para seguir lutando para mudar o Brasil!
Para derrotar Aécio e o conservadorismo!
Por uma oposição de esquerda à Dilma e ao PT!
Votamos Dilma!
Subscrevemos integralmente o posicionamento político externado pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ): "Temos profundas críticas aos governos do PT e, especificamente, à administração Dilma Rousseff. Apesar disso, acreditamos que a volta do PSDB à Presidência da República será um enorme retrocesso ao país.
Um governo tucano representará o retorno de uma elite conservadora e de uma política econômica prejudicial aos trabalhadores e à população mais pobre. As gestões do PSDB sucatearam as universidades públicas, desmantelaram o Estado, deixaram o funcionalismo sem reajustes, arrocharam salários e provocaram desemprego em massa.
A vitória de Aécio significaria o triunfo de um projeto elitista, a criminalização dos movimentos sociais, a redução da maioridade penal, a privatização do sistema penitenciário e o retrocesso da política internacional. A promoção da justiça social nunca foi e nunca será uma prioridade tucana.
Diante deste cenário e do avanço de políticos conservadores no Congresso Nacional, não poderíamos ficar indiferentes. Votaremos, de forma crítica, em Dilma para impedirmos o retorno de um projeto conservador com o qual não temos qualquer identificação.
O PSOL continuará fazendo oposição de esquerda ao governo federal, pressionando para que a reforma agrária, a reforma política, a democratização dos meios de comunicação, a desmilitarização da PM, a descriminalização das drogas e a defesa dos direitos LGBT sejam pautados."
Vamos convocar nossos filiados\as, militantes e apoiadores\as, para juntos irmos às ruas até o dia 26 de outubro, para derrotar Aécio nas urnas. Mas não nos confundiremos com a direção do PT, cuja orientação política permitiu que esta onda conservadora tomasse esta proporção no Brasil. Construiremos espaços próprios e atividades próprias de campanha, mostrando na prática que não nos confundimos com a estratégia petista.
Às ruas para derrotar o conservadorismo!
Recife, 08 de outubro de 2014
Zé Gomes – ex-candidato ao Governo de Pernambuco;
Albanise Pires – ex-candidata ao Senado;
Edilson Silva – Deputado Estadual eleito pelo PSOL;
Executiva Estadual do PSOL - Pernambuco".
O 2º turno acontece no dia 26 de outubro. Nas primeiras pesquisas após o 1º turno os candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff estão empatados tecnicamente.