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caBrasil - Diário Liberdade - Técnico de segurança e funcionário da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), no Recôncavo Baiano, Deyvid Bacelar foi eleito com quase 60% dos votos representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Petrobras, que conta com dez integrantes, dos quais apenas um é eleito pelos empregados.


Os recentes casos envolvendo a companhia e a enorme pressão dos capitalistas para desmoralizar e assim privatizar a empresa serão combatidos pelo novo representante dos trabalhadores da Petrobras, que levará ao Conselho uma proposta contrária aos interesses do grande Capital. "Vamos pautar a reestatização da Petrobras", diz Deyvid à reportagem da RBA, lembrando que está parado no Congresso um Projeto de Lei de 2009 que restabelece o monopólio estatal no setor.

O processo de privatização que está em andamento dentro da empresa preocupa Deyvid. Em 2014, um programa de demissões voluntárias provocou a saída de mais de 8 mil trabalhadores. Hoje, a proporção é de aproximadamente quatro terceirizados para um funcionário próprio. Quase 90% das mortes decorrentes de acidentes acontece entre funcionários de empresas terceirizadas, relata. "A terceirização destrói a relação de trabalho", afirma.

Ele critica as falhas de comunicação da empresa no esclarecimento dos fatos à sociedade, que pouco fez de concreto para combater as manipulações da imprensa burguesa, e lembra também que esse tipo de crise na companhia "acontece desde que a Petrobras é Petrobras" mas que se intensificou nos governos militares, Collor, Sarney e FHC. Segundo o novo representante dos funcionários no CA da Petrobras, a empresa não dá espaço para os sindicatos terem acesso aos processos de contratação, o que poderia ajudar na fiscalização e evitar episódios como os que estão sendo investigados.

"A gestão deveria ser mais participativa, mais democrática", opina Deyvid, "para que o trabalhador participe do planejamento estratégico da companhia", porque "quem conhece de fato os problemas é o trabalhador na ponta. Essa construção se dá, a nosso ver, na maior participação dos trabalhadores na gestão", completa, ao lembrar que os trabalhadores e as trabalhadoras não são consultados nas questões decisivas da empresa.

Sobre sua proposta de reestatização da Petrobras, ele ressalta que o governo não deve ceder às pressões do mercado e deveria aproveitar que o valor das ações está baixo para comprar ações "do jeito que fosse necessário". "É hora do governo fechar o capital da empresa, 100% estatal", afirma.

Para concluir, o novo representante dos trabalhadores da companhia afirma que a categoria sabe que o que está por trás de todo esse jogo político contra a Petrobras é o financiamento empresarial de campanhas políticas. "Não adianta a gente fazer toda essa discussão agora se não vai no cerne da discussão, que é a reforma política."

Funcionários terceirizados e a explosão da plataforma no Espírito Santo

Na última quarta-feira (11), a explosão de um navio-plataforma a serviço da Petrobras no litoral do Espírito Santo chocou o noticiário nacional. O navio-plataforma é fretado e pertence à empresa norueguesa BW Offshore, e até o momento cinco mortes foram confirmadas.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) do Espírito Santo, Davidson Lomba, a tragédia tem muito a ver com o esquema de terceirização da Petrobras. Segundo ele, dos 74 trabalhadores a bordo, apenas um era da estatal. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, ele disse que as condições de trabalho e segurança do terceirizado são "muito inferiores" comparadas às do trabalhador da Petrobras.

Ele afirmou que o acidente foi "trágico, atípico e incomum", mas as chances são maiores de ocorrer em equipamentos terceirizados do que naqueles operados diretamente pela Petrobras.


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