Os documentos foram revelados pelo WikiLeaks e entre estes telegramas chamou a atenção o grande número de referências a programas de "cooperação" entre o governo dos EUA e a polícia brasileira. Ficou revelado que o controle que o imperialismo tem das forças de repressão brasileiras se dá de diversas formas, desde o financiamento de polícias locais, treinamentos oferecidos pelos EUA até a participação do governo norte-americano na elaboração dos planos de "segurança pública".

Nos últimos dias veio a público outro fato que revela a intervenção do imperialismo no Brasil. Um relatório preparado por uma empresa a pedido de congressistas de extrema direita norte-americanos vazou e mostrou que o 7º Grupo de Operações Especiais do Exército dos EUA atuou em 18 países da América Latina em 2009, entre eles o Brasil. Como ocorre na maioria destes casos, a desculpa para esta política imperialista foi o combate às drogas.

Segundo o documento, membros deste grupo do Exército dos EUA fizeram treinamentos no Brasil no Centro de Instrução de Guerra na Selva, localizado próximo de Manaus. As atividades realizadas incluíram, entre outras coisas, reuniões para conhecer melhor a estrutura de defesa da Amazônia.

Diante destes fatos não pode haver dúvida: é uma clara política para dominar o país por meio de um controle militar. Até mesmo porque esta é a principal arma do imperialismo para dominar os mercados capitalistas e impor sua dominação sobre o mundo.

Também vale ressaltar que a política de treinamento das forças de repressão de países latino-americano foi uma das principais armas para por em prática golpes militares e conter a situação revolucionária nestes países.

Neste sentido, é preciso denunciar esta intervenção do imperialismo no Brasil feita através da colaboração do governo do PT. Esta é uma das principais afrontas à soberania nacional e uma das maiores ameaças aos interesses da população brasileira, pois o controle direto dos EUA sobre as forças de repressão brasileiras serve para defender o lucro dos grandes capitalistas norte-americanos em nosso país.