Manifestação da direita no dia 15 de março no Rio de Janeiro, contra a presidente Dilma Rousseff e seu partido, o PT. Foto: Norbert Suchanek / Diário Liberdade
Se trata de uma política única, regional, aplicada pelo imperialismo norte-americano.
O objetivo é derrubar os governos nacionalistas, apesar dos acordos e da maior ou menor proximidade.
Perante o aprofundamento da crise capitalista e do esperado novo colapso capitalista mundial, existe a necessidade de salvar "a economia", isto é, o lucro dos monopólios, a qualquer custo.
E como não há mágica, ou como o "neoliberal" George Friedman falava, "não há almoço grátis", perante a falta de alternativas para o capitalismo, os trabalhadores devem pagar pela crise.
A derrubada dos governos nacionalistas devem dar lugar a governos muito mais duros, direitistas.
Se bem neste momento não estão colocados à ordem do dia golpes pinochetistas na América Latina, estão colocados golpes de estado "brancos" como os que aconteceram em Honduras e no Paraguai.
Esses golpes de estado "brancos" podem evoluir facilmente para golpes de estado "cinzas" ou "negros".
O problema não é moral, mas uma necessidade material concreta: salvar os lucros do punhado de parasitas que domina o mundo.
A campanha contra a corrupção é uma constante de todos os golpes de estado, isto é, a tomada do governo por meio de mecanismos extraparlamentares.
São exemplos disso: 1964 e o AI 5 (1968) no Brasil, 1973 no Uruguai e no Chile, 1976 na Argentina, 2013 no Egito, 2013 na Tailândia, 1933 na Alemanha, o fascismo italiano, Stroessner (Paraguai), Salazar (Portugal), Franco (Espanha), Sukarno (Indonésia), Zha Reza Palevi (Irã) e muitos outros.
A única maneira de parar o golpe militar é com a população nas ruas. É preciso denunciar todas as movimentações golpistas, pois o fascismo é a última carta que a burguesia joga quando as demais fracassaram. A ideia de que ela entrega o poder e os privilégios "de maneira democrática" é absoluto infantilismo (cretinismo parlamentar), e profundo oportunismo.