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310814 metroBrasil - Diário Liberdade - A disponibilização aprovada pela Assembleia legislativa de São Paulo de vagões só para mulheres no Metrô e tren da da CPTM provocou reações enfrentadas dos sindicatos de esquerda.


Reproduzimos a continuação as posições sobre o assunto defendidas nos últimos meses pela CSP Conlutas e da CUT.

 


CSP Conlutas (Oposição Bancária de São Paulo):

Eu defendo o vagão exclusivo para mulheres!

[Juliana Publio] Ontem (julho) foi publicada, na Folha Bancária (jornal do Sindicato dos Bancários de São Paulo), a posição da CUT, contrária aos vagões exclusivos para mulheres no Metrô e trens da CPTM, conforme previsto em projeto de lei aprovado pela Comissão de Transportes e também pela Assembleia Legislativa de SP, em primeira votação. Segundo as companheiras da CUT, a medida culpabiliza as mulheres pelo assédio.

Bem, o problema é que as mulheres já são culpabilizadas pelo assédio. Quem nunca ouviu um comentário do tipo: "mas, também, com essa roupa curta, ela estava provocando"? É óbvio que os vagões exclusivos não resolvem o problema. É apenas uma medida paliativa. Mas uma medida paliativa extremamente necessária diante da situação.

Os casos de assédio no metrô só aumentam! Foram 87 em 2012, 96 em 2013 e, só nos três primeiros meses deste ano, 30 (uma média de 10 casos por mês)! Na realidade, os números são bem maiores. É que grande parte das mulheres não denunciam, por medo do constrangimento e de serem apontadas como culpadas pela agressão.

Defendo e luto por uma sociedade socialista, onde homens e mulheres sejam iguais. Mas não é esta a sociedade em que vivemos hoje. Segundo a ONU, um em cada quatro mulheres no mundo foi ou será estuprada ao longo de sua vida. Diante desta barbárie, as medidas paliativas servem como uma tentativa de preservar a integridade física e psicológica das mulheres.

Junto a isso, é preciso defender mais investimentos no transporte público, uma campanha promovida pelo Estado contra a violência à mulher, seja dentro ou fora dos trens, ônibus e metrôs, punição aos agressores e mais medidas de proteção às mulheres, além dos vagões exclusivos.

E que a barbárie dos casos de assédio e estupro no transporte público sirvam para entendermos como é urgente uma nova sociedade, sem exploração, machismo, racismo ou homofobia!

 


 

310814 spCUT (Sindicato dos Bancários SP):

Mobilização alerta para proposta que segrega mulheres e protege assediadores nos trens e metrôs de SP

Mulheres da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP) e da Marcha Mundial de Mulheres realizam apitaço contra o 'vagão rosa' nesta quarta 16, a partir das 17h, na Praça da República, centro paulistano.

"Em vez de proteger mulheres, protege o machismo"

O ato público é um repúdio ao Projeto de Lei (PL) nº 175/2013, de autoria do deputado Jorge Caruso (PMDB), que obriga as empresas de transporte urbano de passageiros a reservarem espaço exclusivo às mulheres, com ao menos um vagão em cada composição dos trens ou do metrô.

O PL foi aprovado no dia 3 de julho e, após o recesso da Assembleia Legislativa de São Paulo, seguirá para o governador Geraldo Alckmin, que terá até 15 dias para sancionar ou não a proposta. Caso seja sancionada, as empresas terão 90 dias para se adaptar à nova legislação.

Discriminar - Para as feministas, não há duvidas de que a medida, além de um retrocesso, não impedirá o assédio e a violência sofrida pelas mulheres no transporte público. Ao contrário, a preocupação é que, com a lotação do vagão exclusivo, aumentem os casos de mulheres sofrendo abuso por estarem 'no lugar errado'. Vale destacar que o público feminino representa quase 60% dos usuários do metrô nos horádios de pico.

Em manifesto assinado conjuntamente pela CUT e pela Marcha Mundial de Mulheres, que organizam o apitaço, as entidades defendem a promoção de campanhas que orientem sobre os direitos femininos e que possam constranger os agressores. Reivindicam, ainda, punição aos assediadores, já que há regras rígidas para coibir vendedores e pedintes no metrô, mas a violência contra as mulheres segue ignorada.

Ineficiente - O 'vagão rosa' já foi testado na capital paulista, entre 1995 e 1997, numa tentativa frustrada de reduzir o abuso sexual de mulheres, principalmente nos trens da CPTM em Mauá, região do ABC. A ação não teve continuidade tanto por ferir a Constituição, que estabelece igualdade de direitos entre homens e mulheres, e, claro, devido à superlotação do transporte público.

No Rio de Janeiro e em Brasília estão em vigor leis semelhantes segregando as mulheres, mas sem resolver a questão do machismo na sociedade pela raiz.

"É só a mulher sair do terminal e ela já está sujeita a assédio e violência. Enquanto você está em um vagão apenas com mulheres, se sente protegida, mas quando sai dali... Isso não é solução", relata Rosilene Correa, diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF).

Na capital fluminense, os vagões também não protegem as mulheres, conta Virgínia Berriel, secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-RJ. "Passou a ter outro tipo de violência, com relação a homens querendo entrar no vagão. Discussão, agressão, porque os homens não entendem a proposta. [A Lei] é uma tentativa, mas não é uma solução. Nós precisamos ter políticas públicas mais eficazes, nacionais, contra a violência."


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