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A seguir, no Palácio da Generalitat , Artur Mas, assinou o decreto de convocação da consulta soberanista de 9 de novembro numa sala onde também estavam presentes David Fernàndez (CUP) e Oriol Junqueras (ERC). Antes da assinatura do decreto leram-se os pontos que contém, entre eles as duas perguntas que formular-se-ão.
Diante do Palácio da Generalitat, na praça Sant Jaume, concentraram-se um milhar de pessoas para dar apoio à assinatura do decreto. Entre os manifestantes estava a presidenta do Òmnium Cultural, Muriel Casals e Carme Forcadell, presidenta da Assembleia Nacional Catalã. Em declarações a TV3 Casals disse estar agradecida "ao presidente Mas e a todos nós" e entusiasmada "para poder construir um país novo" enquanto Forcadell declarou que o 4 de outubro "começa a campanha pelo Sim-Sim" embora "se o Tribunal Constitucional [espanhol] anula o decreto antes de dia 4 a campanha começará naquele mesmo dia às 19h em frente de todas as prefeituras do país".
O Tribunal Constitucional espanhol terá de decidir quando convoca um pleno extraordinário para debater o recurso, pois não há qualquer pleno ordinário nesta semana. Após assinado o decreto de convocação da consulta, o Governo espanhol pôs a maquinaria do Estado para travar esta convocação. Nesse sentido, a vice-presidenta espanhola, Soraya Sáenz de Santamaría, prevê citar neste mesmo sábado à comissão de subsecretarias para solicitar o Conselho de Estado o correspondente relatório para a apresentação do recurso. O Conselho de Estado tem-se de reunir nas horas seguintes e enviar para o executivo espanhol o texto correspondente avalizando os argumentos para interpor este recurso contra a consulta. Com o aval do Conselho de Estado, Mariano Rajói, convocará nesta segunda-feira o Conselho de Ministros que aprovará o recurso, escrito que o Advocacia Geral do Estado entregará na manhã de segunda-feira junto do Tribunal Constitucional
Em declarações à TV3 o deputado da CUP, [partido David Fernàndez tirou legitimidade ao Tribunal Constitucional espanhol (mesmo comparou com o Tribunal da Santa Inquisição) já que considera que o decreto de convocação da consulta está legitimado pela vontade de 80% dos cidadãos de Catalunha. Quando o deputado independentista foi perguntado pela ausência de ICV-EUiA no ato afirmou que respeita a sua decisão de ausentar-se apesar que não compartilha os motivos.