Com saída às 20h00 da Alameda de Compostela, as organizaçons Adiante, Agir, AMI, Briga, Comités, Galiza Nova, Isca e Liga Estudantil Galega convocam a se manifestar no dia 24 de julho sob a legenda "Mocidade galega erguendo o seu futuro. Independência".
As e os representantes das diferentes entidades enfatizárom esta manhá na praça das Praterias a necessidade de unidade entre as forças de esquerda e independentistas para enfrentar a dupla ameaça espanhola e do capital, em plena ofensiva.
No fim do ato, presidido por umha grande estreleira que será também a que abra o protesto de dia 24, dous polícias municipais identificárom um dos membros da organizaçom, alegadamente por nom ter avisado previamente da realizaçom da apresentaçom.
Manifesto unitário das entidades juvenis da esquerda independentista e nacionalista galega
Mocidade galega erguendo o seu futuro: independência!
Neste 24 de julho, véspera do Dia da Pátria, todas e todos os jovens galegos conscientes vemo-nos na obriga de sair à rua para erguer a voz.
Conscientes de pertencermos a umha Galiza submetida, empobrecida, desmantelada social, cultural e territorialmente, sem soberania, na que dia a dia o Estado espanhol nega a nossa capacidade de decisom democrática para submeter-nos às suas políticas centralistas e anti-sociais.
Conscientes de fazermos parte dum povo golpeado por um sistema criminal que se lucra da exploraçom da maioria social, e que imposto na Galiza com o carimbo da marca Espanha, força à emigraçom a milhares de jovens galegas e galegos ou condena-nos a umha vida de miséria no nosso país. Um sistema capitalista que para perpetuar-se desmantela o território e pratica a expoliaçom massiva dos nossos recursos, com a total cumplicidade do governo galego, que nos deixa para o futuro umha terra empobrecida e contaminada.
Conscientes também de as jovens sermos vítimas dumha brutal ofensiva patriarcal que pretende anular os nossos direitos sexuais e reprodutivos, moldar os nossos corpos e perpetuar o nosso rol de nais e boas esposas, de jovens submetidas aos ditames do machismo.
Denunciamos umha realidade marcada polo 50% de desemprego juvenil, pola dependência familiar e pola escandalosa cifra de 70 jovens que abandonam diariamente a Galiza vendo negado o direito a trabalhar na nossa terra; denunciamos a estafa e o terror das práticas nom laborais e dos contratos de formaçom, da eventualidade laboral e o despedimento barato, da impossibilidade de estudar ante o desmantelamento da imprescindível educaçom pública.
Denunciamos um regime cruel e corruto, deslegitimado e apodrecido, incapacitado para garantir o benestar da maioria social e cuja principal funçom passa por assegurar que se implementem as imposiçons neoliberais do triunvirato do terror: UE, FMI e BCE.
Denunciamos também os ataques à nossa língua e à nossa cultura, que o Partido Popular continua exercendo com medidas como a contra-reforma educativa da LOMCE ou o decreto de plurilinguismo com o objetivo de excluir a nossa língua nas aulas e impor a inexistente uniformidade espanhola. Mas todas e todos sabemos que só se pode espanholizar o que nom é Espanha.
Denunciamos que homens engravatados e representantes do terrorismo Episcopal legislem sobre os corpos das mulheres, roubando-nos a nossa capacidade de decisom, negando-nos mesmo a soberania sobre o nosso próprio corpo.
Conscientes em definitivo, de sermos moças e moços cujo direito à vida digna na nossa terra é negado, erguemos a voz.
E erguemos a voz para denunciar o futuro de miséria que o Estado espanhol, o Patriarcado e o Capital tenhem planificado para nós, e que pretendem impor mesmo espalhando medo e castigos exemplares entre a juventude mais consciente e disposta a combater comprometidamente esta opressiva realidade. Denunciamos a criminalizaçom de ativistas sociais e militantes independentistas e rechaçamos as medidas de exceçom e diversas formas de tortura como a dispersom penitenciária a que o Estado espanhol, de mao do tribunal fascista da Audiência nacional espanhola submete às presas e presos políticos galegos.
Erguemos a voz para afirmar que nom nos resignamos, que nos auto-organizamos para avançar no processo de autodeterminaçom do nosso povo cara a umha República Galega, luitando ativamente para derrubar esta opressiva realidade. Podemos e devemos decidir umha Galiza feita por nós e para nós.
Por todo isto, hoje, as moças e moços da Galiza saímos à rua, erguendo a voz para afirmar num único, ilusionante e forte berro que sim, que queremos unha Galiza livre com pessoas livres, unha Galiza jovem e viva, umha Galiza rebelde e firme, umha Galiza solidária e internacionalista, em definitiva, umha Galiza independente, feminista e que rache com o sistema capitalista.
Neste 24 de julho, a mocidade galega reafirma a sua vontade de manter erguida a bandeira azul e branca guiada pola estrela vermelha, símbolo da nossa uniom em luita por um futuro livre.
Viva Galiza livre!
Independência!