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3Brasil - Diário Liberdade - [Sturt Silva] "Junho de 2013" e as supostas manifestações de 2014 são elementos que mostram que a conjuntura exige a unidade da esquerda revolucionária.


Já faz algum tempo a ex-deputada do PSOL, Luciana Genro, lançou sua pré-candidatura para a presidência da República. Genro é a principal liderança do MES, tendência interna do PSOL, e atualmente situa no campo da esquerda do partido Socialismo e Liberdade.

No facebook uma página apresenta o ex-deputado cearense Renato Roseno, da tendência psolista recém nascida Insurgência, também como candidato.

Mas as pré-candidaturas do PSOL não para por ai. O Senador Randolfe Rodrigues (do estado do Amapá e ligado a APS/LR – Ação Popular Socialista/Lugar de Revolucionário - do presidente Ivan Valente) já disse que deve lançar a sua até o dia 15/11.

Nos bastidores e até na imprensa pipoca a pré-candidatura de Chico Alencar (deputado federal pelo RJ).

No congresso partidário, que terá etapa final em dezembro, a leitura que se pode fazer é que os socialistas estão divididos entre as forças que estão unidas em torno de Randolfe - que assina a tese Unidade Socialista e que tem como cabeça do processo a tendência APS/LR - e os militantes que constroem o Bloco de Esquerda – composto por várias tendências e independentes – e que devem unir forças para sustentar a candidatura de Genro.

Se não estivesse bom, o PCB (meu partido) também resolveu lançar a sua. Mauro Iasi, professor universitário, é o nome dos comunistas para as eleições de 2014. No caso do PCB, se depender da atual direção a candidatura é definitiva, no entanto, o partido realizará em abril do ano que vem seu congresso nacional.

O PSTU ainda não lançou seu presidente nacional, Zé Maria. Mas é bem capaz que em breve faça isso. Um dos motivos que me faz pensar assim é que esses dias Zé Maria lançou carta aberta chamando unidade com PSOL e PCB e até agora não houve resposta de nenhum dos dois.

O PCB defende que a unidade tem que ser feita de forma conjunta ao lado das lutas cotidianas dos trabalhadores, ou seja, tem que ir além das eleições.

O PSOL por ser um partido ainda sem unidade partidária, ou seja, uma frente ocupada por diversas tendências/correntes da esquerda, não tem uma estratégia e uma linha política definida. Não se sabe se o partido defende uma proposta original ou se seu objetivo é fazer o que o PT deixou de lado em 2002. Tem priorizado a via eleitoral como tática para se avançar fazendo com que o partido execute práticas condenáveis do "lulo-pragmatismo".

Em relação ao PSTU é bem provável que sai sozinho mesmo. O partido foi o que menos fez coligações e alianças nas eleições municipais de 2012, ao contrário de PCB e PSOL que fechou na maioria das cidades.

"Junho de 2013" e as supostas manifestações de 2014 são elementos que mostram que a conjuntura exige a unidade da esquerda revolucionária. É hora da articulação unitária das esquerdas bem definidas quanto ao campo político-ideológico para termos condições de disputar para valer o movimento de massas que parece ter ascendido este ano.

A unidade tem que ocorrer, nem que seja só eleitoral. Nada pode ser pior do que este sectarismo que prioriza interesses partidários em primeiro lugar.

Os trabalhadores escolhem as alternativas que eles melhorem se identificam. Como esquerda, que pretende contribuir para o processo de emancipação do proletariado, é preciso livrá-los tanto do projeto lulista da "cidadania via consumo", que será defendido pelo PT, como pelo "melhor" do mesmo, proposto por uma falsa alternativa, à direita de Dilma.

Antes de sairmos por ai demarcando território, dialogamos de forma aberta sem preconceitos e sem sectarismos. É necessário apresentar uma alternativa de esquerda que a classe trabalhadora se identifique como dela ou que seja representante de seus interesses.

Por uma candidatura programática direcionada ao "povão" e aos interesses imediatos da classe trabalhadora!

Por uma campanha com linguagem simples e com conteúdo classista e socialista!

Pelo amadurecimento político dos dirigentes do PCB, PSOL e PSTU!

Por uma frente de esquerda em 2014!

Sturt Silva é professor de história, blogueiro e editor-adjunto do portal Diário Liberdade no Brasil.

 


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