O evento foi organizado polas Assembleias de Base e decorreu de tarde na Faculdade de Jornalismo da USC. Na forma de mesa moderada abordou-se a situaçom do galego nos meios de comunicaçom. O Diário Liberdade, junto do Sermos Galiza e Praza Pública fôrom os meios que participárom. David Lombao (Praza), Olalla Rodil (Sermos) e Manuel Medina (DL) explicárom o nascimento, objetivos fundacionais e atualidade de cada meio e respondêrom as perguntas do público ao longo das cerca de duas horas polas que se prolongou a palestra.
A necessidade de um sistema galego de meios como responsabilidade popular
Os três meios assistentes destacárom a necessidade de que a construçom de "um sistema galego de meios" seja assumida como projeto e responsabilidade coletiva do povo galego. Só esse sistema poderá garantir o acesso a informaçom no nosso idioma e a termos "um país normal", em palavras de Lombao.
A sustentabilidade financeira, coincidirom, é neste momento difícil e deve ser independente das políticas públicas: a estratégia do projeto capitalista espanhol "é o submetimento e desaparecimento do galego" - explicou Medina, acrescentando que, por isso, mesmo se nas administraçons autónomas "governasse sempre alguém disposto a apoiar a media independente e em galego, no momento em que esse apoio fosse efetivo levaríamos um cachaço" que impediria continuar.
Rodil dixo haver capacidade para favorecer na Galiza políticas públicas favoráveis aos meios na língua do país. "Temos que tirar de enriba esse pessimismo e pensar que podemos conseguir aquilo que quigermos".
Entretanto, Lombao lembrou a necessidade de que, caso mudanças governamentais acontecerem num sentido favorável, permanecermos vigilantes para evitar "erros do passado" e que promover medidas como "umha lei de publicidade institucional justa", que nom poda ser usada como arma para, tal e como acontece na atualidade, se financiem os meios afins ao poder.
Do Diário Liberdade explicou-se o "carater ativista" do portal e, portanto, a necessidade de que "nom apenas o financiamento mas também a participaçom direta com trabalho ativista" seja assumida dentro dessa responsabilidade coletiva. O Diário Liberdade mantém umha campanha permanente de recrutamento ativista, em que qualque pessoa que concorde com os princípios do projeto pode aderir.
De toda a exposiçom, escoou de forma clara que a nom assunçom de forma clara e firme desse compromisso popular é o maior risco que os meios em galego enfrentam, lembrando em várias ocasions extinçom de meios em galego como A Nosa Terra, Vieiros ou o Xornal.
O galego, umha potencialidade
Todos os meios presentes reconhêcerom que o galego se tem tornado para esses projetos umha auténtica potencialidade. Do Sermos Galiza, Olalla Rodil reconheceu "a enorme potencialidade que o Acordo Ortográfico tem para a projeçom do nosso país no Mundo", embora reconheceu que só usam dita norma para as informaçons internacionais referentes a outros países lusófonos.
Medina explicou como no Diário Liberdade trabalham em galego "de forma natural com pessoas de todo o mundo, tanto na parte da audiência quanto dentro da própria equipa". A aplicaçom das teses reintegracionistas "da teoria para a prática demonstrou que é possível estar no mundo em galego" e contribuiu a um "humilde sucesso", o de "que um projeto nascido originariamente na Galiza seja hoje um meio ativista de referência no Brasil ou em Portugal, com colaboradoras e colaboradores naqueles países".