Com um modelo econômico e social que se atualiza, Cuba executa um processo no qual participa toda a sociedade e para o que se implementam novas formas de produção e novas regulamentações que possibilitem o desenvolvimento.
Esta nação não esquece os acontecimentos que marcaram a história. No sábado, 15 de abril de 1961, aviões inimigos camuflados com insígnias das Forças Armadas Revolucionárias bombardearam o aeroporto de Cidade Libertad (na capital), a base aérea de San Antonio de los Baños, no sudeste, e o aeródromo da cidade de Santiago de Cuba.
Os ataques das aeronaves constituíram um degrau superior das ações hostis que o governo de Washington tinha organizado e financiado com o objetivo declarado de eliminar a Revolução.
As agressões planificadas desde solo norte-americano tinham incluído a explosão do barco mercante La Coubre no ano anterior, a queima de canaviais, ataques piratas com lanchas a povoados no litoral cubano, atentados contra instalações governamentais e sociais, o qual provocou a morte de inumeras pessoas.
Até esse momento, o governo cubano ditou importantes leis, entre elas a da Reforma Agrária, ao mesmo tempo em que um verdadeiro exército de jovens e adolescentes ensinava a ler e a escrever aos iletrados, inclusive nos lugares mais longínquos da ilha.
Em 16 de abril, durante o enterro dos mortos durante os bombardeios do dia anterior, o povo mobilizou-se nas proximidades do cemitério de Colón. Bandeiras foram penduradas e delas caíam flores.
O líder da Revolução, Fidel Castro, definia que "esta é a Revolução socialista e democrática dos humildes, com os humildes e para os humildes".
"E por esta Revolução dos humildes, pelos humildes e para os humildes, estamos dispostos a dar a vida", sentenciou.
Em alusão ao governo de Washington o líder expressou: "Isso é o que não podem nos perdoar. Que estejamos aí em seus narizes e que tenhamos feito uma Revolução socialista nos próprios narizes dos Estados Unidos!".
Dessa forma, a Revolução cubana declarava ao mundo, e a Washington, seu caráter socialista, horas antes de que uma invasão organizada pela administração estadunidense chegasse às areias da Praia Girón (Bahia de Cochinos), na ocidental província de Matanzas.
A administração estadunidense quis entorpecer a marcha pacífica da nação cubana e destruir os recursos econômicos de seu povo e as vidas de seus cidadãos.
"Estes fatos vão ensinar-nos, estes fatos dolorosos vão ilustrar-nos e vão mostrar-nos, quiçá com mais clareza que qualquer outro dos ocorridos até hoje, o que é o imperialismo", afirmou.
A imagem dos fuzis ao alto nas mãos de homens e mulheres imortalizou o total respaldo ao movimento que tomaria a dianteira no processo revolucionário que continua hoje na ilha caribenha.