O também Herói da República de Cuba, um dos três sobreviventes da contenda boliviana, sublinhou em declarações a Prensa Latina a atualidade de seu pensamento nos movimentos revolucionários latino americanos e caribenhos e no resto do mundo.
Villegas (1940), que participa aqui nas homenagens pelo 47 aniversário da morte do Che, destacou a presença do espírito guevarista nos atuais processos políticos e estados latino americanos e caribenhos.
O ex-combatente, conhecido naquelas campanhas como Pombo, citou entre estes últimos países a Bolívia, onde pronosticou uma segura vitória do presidente Evo Morales e seu Movimento ao Socialismo-Instrumento Político pela Soberania dos Povos nas eleições gerais de 12 de outubro próximo.
Villegas, quem discursou em Caracas, sobre a figura, a ideologia e as lutas do Guerrilheiro Heroico, durante a apresentação do livro Conversas com Pombo, da escritora equatoriana María do Carmen Garcés, ratificou ademais a definição guevarista sobre o que é um guerrilheiro.
Pombo recordou o conceito expressado pelo Che em seu momento com respeito a que o guerrilheiro "não é um atira tiros", senão um *reformador social; não ama a guerra, o terror, a violência, nem a morte porque todas elas significam destruição.
E não pode simpatizar com nenhuma delas se, como revolucionário verdadeiro, o que quer é construir uma sociedade mais justa, onde seja menor a injustiça, a pobreza, o analfabetismo, agregou.
Roberto Márquez e Orlando Borrego, ex-companheiros do Che durante a luta revolucionária em Cuba, citaram também bilhetes da vida do comandante guerrilheiro, enquanto Víctor Chirinos, ex-presidente do Parlamento Latino americano e coordenador da edição do livro, elogiou a sua autora pelas entrevistas que integraram o texto.
A escritora é uma estudiosa profunda da obra do Guerrilheiro Heroico, de sua campanha épica na África, em Bolívia e em Cuba, opinou.
O embaixador cubano na Venezuela, Rogelio Polanco, qualificou por sua vez o encontro de simbólico, ao ocorrer após as palavras sobre o Che do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, numa graduação de médicos nesta quarta-feira, em que se cumpriram 47 anos da morte do combatente internacionalista.
Polanco recordou a dupla condição de Guevara como médico e guerrilheiro e sublinhou a recente partida para África de 165 especialistas cubanos de saúde paraÂá enfrentar a doença do ebola nessa região.