Em cumprimento a este ideário também expresso nas bases constitutivas da Unasul e da Celac, que defendem a paz como imperativo ético, com o qual se pretende avançar na integração regional, constituindo a América Latina como região de paz, democrática e com justiça social, declaramos:
Que estamos convencidos da vitória dos processos sociais e políticos antineoliberais que percorrem todo nosso continente, que vem marchando com obstáculos, porém sem pausa, permitindo o começo do fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra a maior das Antilhas, nossa querida República de Cuba. Ao mesmo tempo, manifestamos nosso rotundo repúdio a toda estratégia de desestabilização contra o legítimo governo da irmã República Bolivariana da Venezuela e, particularmente, ao decreto Obama.
Que para transitar rumo a um continente livre do militarismo, deve ser superado o longo conflito social e armado colombiano, que deixou milhões de vítimas, homens e mulheres em situação de deslocamento forçado, desaparecidos/as, assassinados/as, exilados/as, prisioneiros/as políticos/as.
A sociedade colombiana tem no processo de paz uma oportunidade histórica para concretizar sua vontade de justiça social, democracia e soberania, com as quais, as gerações vindouras poderão crescer, expressar-se livremente e viver dignamente.
Neste sentido, entendemos que para obter uma paz estável e duradoura, também é necessária a abertura do diálogo efetivo com as insurgências armadas do Exército de Libertação Nacional (ELN) e do Exército Popular de Libertação (EPL).
Em consequência, entendemos que o único caminho possível é a unidade do povo colombiano. Com alegria reconhecemos e saudamos os avanços e o acumulado em iniciativas como a Frente Ampla pela Paz com Justiça Social, a Cúpula Agrária: camponesa, étnica e popular, e outros processos de convergências; para estas e para todo o povo colombiano, pedimos o respeito por seus direitos humanos e a ação do exercício político, sem que sejam intimidados/as, processados/as ou ameaçados/as.
Neste sentido, também solicitamos a suspensão das detenções arbitrárias de dirigentes sociais, as montagens jurídicas, a criminalização do protesto social. Mais uma vez, propomos uma visita de observação acerca da situação dos/as prisioneiros/as políticos/as, para contribuir com a garantia de condições dignas nos cárceres da Colômbia. Sobretudo, somos solidários com a exigência de libertar os quase 10.000 prisioneiros/as políticos/as desse país.
Em coerência com todo o anterior, propomos criar diversas redes de trabalhadores/as, de comunidades agrárias (campesinas e étnicas), de defensores/as de direitos humanos, de jovens e estudantes, de artistas e intelectuais e de mulheres. A partir das quais assumamos a difusão e acompanhamento da luta pela paz com justiça social na Colômbia; organizemos visitas de solidariedade à Colômbia; coordenemos encontros e fóruns por setores; assumamos a Campanha "Yo te nombro Libertad" e outras campanhas que fortaleçam e dinamizem essas lutas.
E, finalmente, comprometemo-nos, desde agora, na organização e participação de uma terceira versão deste Fórum.
Somos mais, agora sim a paz da Colômbia com justiça social, democracia e soberania, por uma América Latina livre de militarismo e onde se respeitem efetivamente os direitos humanos.
Assinam:
Organizações uruguaias
La Central Única de Trabajadores PIT-CNT
La Federación Uruguaya de Cooperativas de Vivienda por Ayuda Mutua FUCVAM
Unidad Popular
Associação Cultural José Martí (ACJM)
Bonde Da Cultura
Casa da América Latina Liberdade e Solidariedade (CALLES)
Cebrapaz
Coletivo Minervinho Oliveira
Corrente Sindical Unidade Classista
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Federação Sindical Mundial (FSM)
Juventude Comunista Avançando (JCA)
Marcha Patriótica – Capítulo Brasil
Movimento De Justiça e Direitos Humanos
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur (GEA-SUR – UNIRIO)
Organização Comunista Arma da Crítica (OCAC)
Partido Comunista Colombiano (PCC)
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (SINDIPETRO – RJ)
União de negros pela igualdade (UNEGRO)
União da Juventude Comunista (UJC)
Organizações argentinas
Articulación de Movimientos Sociales hacia el ALBA – Capítulo Argentina
Asociación de Trabajadores del Estado (ATE)
Camino de los Libres
Central de Trabajadores de La Argentina (Autónoma)
Confederación de Trabajadores de la Economía Popular (CTEP)
Confluencia Movimiento Popular La Dignidad – Movimiento Tupac Katari (MPLD-MTK)
Coordinadora de Organizaciones de Base La Brecha
Corriente por la Liberación Nacional (KOLINA)
Encuentro Nacional Popular Latinoamericano (ENPL)
Facultad de Ciencias Sociales Universidad de Buenos Aires
Federación Universitaria Argentina – FUA
Frente de Organizaciones Kirchneristas (FOK)
Frente Popular Darío Santillán (FPDS)
IDAES – Universidad Nacional de San Martín
Juventud Guevarista Argentina
La OLP
Liga Argentina por los Derechos del Hombre (LADH)
Marcha Guevarista del Pueblo
Movimiento 138
Movimiento de Izquierda Revolucionaria Patagonia (MIR Patagonia)
Movimiento Evita
Movimiento Patriótico Revolucionario Quebracho
Movimiento Popular Patria Grande
Movimiento por la Unidad Latinoamericana y el Cambio Social (MULCS)
Nuevo Encuentro
Partido Comunista de La Argentina
Partido Libre
Proyecto Nacional
Resumen Latinoamericano
Seamos Libres
Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)