Acreditamos que não somente a nós como insurgência revolucionária seja urgente e necessário que o Exército de Libertação Nacional (ELN) se integre a tal processo, mas também ao Governo e ao conjunto da população, manifestou o chefe das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP).
Ao referir-se ao recente encontro em Havana com o máximo dirigente do ELN, assegurou que viu no comandante Nicolás Rodríguez um homem profundamente convencido da importância da paz acordada e igualmente preocupado pelo alcance da assinatura de um acordo que permita o início das conversas diretas com o Executivo.
A disposição de empreender o caminho da solução dialogada é um fato no ELN, mas se deparam com sérias dificuldades, acrescentou Jiménez.
Em sua opinião, as campanhas difamatórias dos grandes meios de imprensa, unidas às irresponsáveis e falsas acusações que diariamente brotam da extrema direita delirante e guerreirista, envenenam e dificultam o clima de entendimento, disse.
Adicionalmente reprovou os recentes questionamentos contra o presidente Juan Manuel Santos por facilitar as condições para a realização da reunião entre a direção das FARC-EP e o ELN em Cuba.
Fica difícil entender como a Comissão de Acusações da Câmara de Representantes abre uma investigação contra o presidente por uma falsa denúncia do partido Centro Democrático, quando no tem decorrido mais de uma década sem que se mova um só dedo contra o ex-governante Álvaro Uribe, sobre quem recai um escandaloso prontuário conhecido internacionalmente, sublinha o pronunciamento.
Será porque a gestão do Presidente Santos têm relação direta com um claro esforço por alcançar e deixar uma Colômbia em paz para nossos netos, enquanto as do segundo têm relação com o paramilitarismo e o terror de Estado?, perguntou Jiménez.
Adicionalmente o chefe das FARC-EP afirmou que estima no mais alto grau a decisão do atual chefe de Estado para buscar uma saída à guerra interna de mais de meio século, sobre a base de um consenso entre as partes beligerantes.
Representantes governamentais e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP), conversam na capital cubana desde 2012 com o objetivo de encontrar uma solução política ao conflito bélico, único do continente, que ocasionou a morte de mais de 230 mil cidadãos.
Paralelamente o Executivo projeta iniciar diálogos formais com o ELN, outro dos grupos guerrilheiros ativos no país, depois de um processo de aproximações exploratórias.