Essas declarações são uma resposta às ações da secretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson, que, na última quarta-feira (25), defendeu no Congresso dos EUA a necessidade de se aumentar em 35% o orçamento para 2016, em quase dois bilhões de dólares.
Uma parte desse orçamento seria destinada ao "combate ao narcotráfico" em países da América Central, Colômbia, Haiti e México. A outra, iria para o fomento à "promoção da democracia, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos" em países como Cuba, Venezuela, Equador e Nicarágua, em uma clara tentativa ingerencista e imperialista nos assuntos internos desses países.
"Os Estados Unidos não têm absolutamente nada a ensinar sobre democracia, direitos humanos e liberdade de expressão ao Equador", disse Patiño. "Nós é que temos que ensinar isso a eles", completou, condenando energicamente os novos planos imperialistas de Washington para desestabilizar os governos da região. "Passou o tempo em que a América Latina era considerada o quintal dos EUA", destacou.
Na semana passada, o chanceler equatoriano já havia criticado duramente as ameaças da Casa Branca contra o governo da Venezuela. No dia 9 de março, os EUA declararam o país sul-americano como uma "ameaça" à sua segurança nacional, em mais uma tentativa de desestabilizar o governo do presidente Nicolás Maduro.
Sobre isso, Patiño havia afirmado que a verdadeira ameaça não é a Venezuela, mas sim os EUA, país que já invadiu outras nações, participou em golpes de Estado e implantou ditaduras militares na América Latina.