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portoricoPorto Rico - Prensa Latina - Mais de 20 organizações porto-riquenhas compareceram hoje na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para denunciar a opressão a que se encontra submetido o povo porto-riquenho.


A audiência da CIDH é um marco já que a Organização de Estados Americanos (OEA), à qual está subsumida, sempre tinha se recusado a atender essas acusações pelo considerá-las um assunto interno dos Estados Unidos, que mantém à ilha sob seu domínio colonial desde 1898.

O ministro da Justiça de Porto Rico, César Miranda, viajou a Washington para responder às denúncias que serão apresentadas pelas organizações políticas, sociais e de direitos humanos, além de universidades porto-riquenhas e dos Estados Unidos.

Também falará das gestões do governo do Estado Livre Sócio de Porto Rico, diante da repressão e perseguição que a polícia porto-riquenha tem exercido por décadas contra setores minoritários, organizações de esquerda e de estudantes universitários.

As conferências se concentrarão na discriminação contra setores minoritários, como a comunidade Lgbtt, contra as mulheres, a infância, os imigrantes dominicanos e os simpatizantes ou militantes de esquerda.

À CIDH também será apresentado o caso do revolucionário porto-riquenho Oscar López Rivera, que no próximo mês de maio cumprirá 34 anos preso nos Estados Unidos, 12 deles em solitária, sem ter sido acusado por nenhum delito que não seja luta pela independência de sua pátria.

López Rivera, de 71 anos de idade, está preso por conspiração sediciosa devido a seus vínculos com as já dissolvidas Forças Armadas de Libertação Nacional de Porto Rico, que na década de 70 e 80 do século passado operaram em Chicago e Nova York.

A única vez que a CIDH, agora presidida pela representante de Santa Luzia, Rose Marie Antoine, escutou reivindicações dos porto-riquenhos foi no ano 2000.

Nessa ocasião a insistência de Eduardo Villanueva Muñoz, presidente do Colégio de Advogados, que levou para a consideração do organismo da OEA a soberba dos Estados Unidos de estabelecer a pena de morte em Porto Rico.

Na ocasião também foi lembrado os efeitos na população das manobras militares da Marinha dos Estados Unidos na ilha município de Vieques, além dos casos de prisioneiros políticos porto-riquenhos nos Estados Unidos.


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