Multidão que se estendeu por quilômetros nas ruas do centro de Caracas neste domingo. Foto: AVN.
Pela manhã, foi aprovada na Assembleia Nacional essa lei, que dá poderes especiais ao presidente venezuelano pelo resto do ano, para que ele possa tomar decisões e medidas que protejam a soberania nacional da Venezuela contra os planos estadunidenses de se apropriar das riquezas do país.
O presidente Obama, o secretário do Tesouro (Jack Lew) e o secretário de Estado (John Kerry) dos Estados Unidos ganham poderes absolutos com as medidas decretadas no último dia 9 contra a Venezuela, afirmou em seu pronunciamento a segunda vice-presidenta da Assembleia Nacional, Tania Díaz.
Reunidos na Praça Bolívar, no centro de Caracas, a multidão marchou até o Palácio de Miraflores, onde foi montado um palco no qual Maduro fez um pronunciamento, interagindo com as massas sobre a atual luta anti-imperialista do povo venezuelano.
"Isso despertou uma grande consciência nacionalista, bolivariana, patriótica, anti-imperialista em toda a Venezuela, América Latina, Caribe a no mundo", disse o presidente da Venezuela, em relação às medidas tomadas pela Casa Branca com o intuito de desestabilizar o país sul-americano.
Ele também chamou o povo a assinar um documento (que prevê 10 milhões de assinaturas) que será enviado a Obama para que revogue o decreto que considera a Venezuela uma "ameaça à segurança nacional" da maior potência econômica e militar do mundo. Também declarou que a grande mobilização deste domingo já é uma amostra da capacidade de mobilização do povo venezuelano.
"A grande união do povo é a primeira vitória; o apoio dos governos e povos do mundo é uma grande vitória pela defesa de nossa paz, de nossa soberania", disse.
Sobre o caráter revolucionário dos valores das massas venezuelanas, expressado principalmente nos últimos 15 anos, Maduro afirmou que o povo soube ganhar sua liberdade. "É a primeira vez que se viu um exército de formigas derrubar um elefante nos campos de batalha das ideias dos valores, porque eles podem ter o poder dos meios de comunicação, podem ter o poder do dólar e uma força militar assassina, mas nós somos uma potência no que eles jamais poderão ter", assegurou.