Nove membros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) foram mortos na segunda-feira (15/12) em um ataque aéreo do Exército colombiano outros quatro guerrilheiros foram capturados, anunciou o presidente Juan Manuel Santos via Twitter. "A ofensiva continua. Não vamos baixar a guarda!", tuitou o mandatário.
Segundo fontes militares da Reuters, o ataque envolveu o uso de aviões e helicópteros e aconteceu na província de Meta, área onde se acredita haver recursos de petróleo e onde a guerrilha mantém forte presença.
A operação aconteceu em meio a uma frágil retomada dos diálogos da paz entre as FARC e as autoridades colombianas em Havana (Cuba) na semana passada, após 24 dias de suspensão, motivada pela captura do general Ruben Darío Alzate em meados de novembro.
As negociações se desenvolvem sem um cessar-fogo bilateral, mesmo com os pedidos do grupo dissidente. Trata-se de uma tentativa para por fim ao conflito armado que dura mais de 50 anos e já deixou mais de 200 mil mortos na Colômbia.
A agenda das negociações é dividida em cinco grandes pontos. Ao longo dos dois anos, três já foram parcialmente negociados: a participação política para as FARC, o fim do comércio ilegal de drogas e a reforma agrária.
No entanto, o presidente colombiano ressalta que os dois últimos tópicos são mais complexos, pois envolvem os direitos das vítimas do conflito armado e o desarmamento e a desmobilização da guerrilha.