Os estudantes também pedem que as denúncias do Ministério Público (MP) contra os líderes do movimento contra a tomada dos prédios da Unah-vs sejam retiradas.
No último dia 15 deste mês, após uma semana sem aulas, os estudantes tomaram a universidade em protesto contra as reformas acadêmicas aprovadas pelas autoridades superiores da Unah-vs. Entre as reformas, está incluso a elevação para 70% do índice de freqüência nas aulas para que se obtenha aprovação, a cobranças de serviços acadêmicos. O movimento também protesta contra o que seriam deploráveis condições nas estruturas físicas e de pedagogia, e contra a exclusão dos alunos das decisões acadêmicas.
Com o protesto, os estudantes visam a chegar a um diálogo com as autoridades da instituição e exigir que o MP não considere as denúncias contra os lideres da tomada do prédio universitário. Informam ainda que a mobilização demanda que as regras da nova reforma acadêmica não sejam impostas antes de um dialogo com os representantes dos alunos.
Os estudantes reiteram ademais que, antes de exigirem os termos da reforma, as autoridades acadêmicas devem melhorar as instalações e a qualidade da Universidade. Mercy Ayala, presidente da Associação dos Estudantes de Sociologia, diz que não adianta impor aos alunos uma nova reforma acadêmica se não permitir que eles/as possam participar efetivamente das decisões da Universidade. A estudante denuncia que os reitores excluem a participação dos alunos e querem crimininalizar a luta estudantil.
Segundo o movimento estudantil, os reitores não estão abertos ao diálogo e o Ministério Público de Honduras também insistie em criminalizar os envolvidos nas manifestações.
O MP afirma que os prédios universitários são públicos e que os estudantes devem responder legalmente pela tomada da Universidade, inclusive podendo sofrer sanções econômicas. A reitora Julieta Castellanos afirma que se os estudantes não deixarem às instalações da Universidade o período acadêmico se estenderá.
Os líderes dos protestos, que ocupam as instalações da Unah-vs, informam que as aulas continuarão suspensas e que estão abertos ao diálogo com as autoridades universitárias. Até agora, não houve acordo entre a reitoria e os estudantes. Estes afirmam que continuarão os protestos e que ocuparão os prédios da universidade até que haja um diálogo favorável em torno de suas reivindicações.