Agradeço em nome de todo o povo angolano ao cubano, pois "nos momentos mais difíceis esteve sempre, ombro a ombro, com o povo angolano", disse Lourenço no ato central pelo fato histórico que se estendeu nessa região, a 825 quilômetros ao sudeste de Luanda.
Destacou a participação dos internacionalistas cubanos nas principais batalhas travadas no país desde N'to, Kifangondo, Ebo, Cangamba e Cahama, assim como Cuito Cuanavale.
Lourenço reconheceu que o povo cubano esteve na luta pela independência e defesa da soberania nacional, que lhe conferiu o direito natural de ser parte do diálogo quadripartite até os acordos de Nova Iorque.
A maioria dos meios de imprensa recorda essa decisiva batalha (23 de março de 1988) que marcou a vitória das Forças Armadas Populares da Libertação de Angola (Fapla) junto a combatentes cubanos e namíbios, contra o regime do apartheid na África do Sul.
Historiadores e políticos reconhecem que a vitória das tropas angolanas e cubanas em Cuito Cuanavale foi possível pelo valor e desprendimento dos combatentes participantes nessa luta.
Por esse acontecimento, os sul-africanos abandonaram o território nacional, comprometeram-se a aceitar eleições livres na Namíbia e, portanto, a proclamação mais tarde de sua independência.
Do mesmo modo tal fato propiciou a abertura democrática na África do Sul, ao ser abolido o sistema segregacionista.