O acordo foi subscrito por representantes das autoridades de Maputo e do movimento, isto depois de o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ter recusado reunir-se com o Presidente da República, Armando Guebuza.
O líder da Renamo garantiu, entretanto, o respeito pelo cessar-fogo e assegurou o compromisso do seu contingente paramilitar em todo o território nacional. No comunicado divulgado, Dhlakama expressou ainda sua vontade em encontrar-se com Guebuza, mas não propôs nenhuma data ou local. O chefe da Renamo também pediu que o texto fosse aprovado pela Assembleia Nacional, mas representantes do parlamento reagiram qualificando a exigência de “manobra”.
O líder da Renamo garantiu também que não ocorreram problemas durante as eleições. “Com certeza aceitaremos os resultados. Seremos os primeiros a reconhecer uma derrota, caso ela aconteça”.
A Frelimo, por seu lado, saudou a assinatura do acordo considerando que o ato “reforça a autoestima, a consolidação da paz e do Estado de Direito, abrindo a possibilidade de o povo de Moçambique resolver as respectivas diferenças em paz, empenhar-se no desenvolvimento do país e no combate à pobreza”.
As eleições em Moçambique serão realizadas no próximo dia 15 de Outubro. As pesquisas eleitorais apontam que a Renamo não é muito popular no país neste momento. A Frelimo lidera as intenções de voto na maioria das localidades e o Movimento Democrático de Moçambique também possui mais aceitação do que a Renamo.
Mesmo com como cessar-fogo assinado há alguns dias, não existem indícios, segundo a alguns órgãos da imprensa local e alguns especialistas de que o panorama eleitoral mude no país. A tendência é que o atual governo seja referendado nas urnas. A questão para a população será em relação a reação dos opositores após o pleito. A esperança é que o fim das hostilidades se torne duradouro.
Da redação do Vermelho,
com informações do Avante e da Voz da Rússia