O 6º Congresso tem lugar numha conjuntura política nacional e internacional caraterizada polo agravamento das condiçons materiais, por enormes retrocessos nas conquistas e direitos laborais, das liberdades básicas, provocadas pola ofensiva burguesa sob a justificaçom das crise económica. Um período acompanhado pola extensom e agudizaçom da guerra, da repressom e do caos generalizado a que o imperialismo está a submeter vastas zonas do planeta.
Esta multicrise do capitalismo senil adota umha particular especificidade na Galiza, polo agravamento da dependência nacional a que a nossa Pátria e o nosso povo é submetido polo Estado imperialista espanhol. A ofensiva burguesa vê-se agravada pola carência de soberania e independência nacional, polo submetimento às diretrizes da UE e dos organismos internacionais imperialistas, como o FMI.
Assim, neste quinquénio aumentou a taxa de desemprego, a precarizaçom das relaçons laborais, a extensom da pobreza e da exclusom social, a emigraçom maciça da juventude, a opressom das mulheres trabalhadoras. Também umha série de tendências que questionam a viabilidade do projeto político da Naçom Galega, devido à destruiçom dos seus sinais medulares, com destaque para o uso da nossa língua.
Perante as falsas alternativas eleitorais que o sistema promove para garantir a sua reproduçom, frear e anestesiar o desenvolvimento do movimento de massas; perante o taticismo eleitoral em que continua inserida a esquerda nacionalista galega; nom há mais alternativa que continuar a construir um movimento sociopolítico revolucionário com um flexível programa tático, enquadrado numha estratégia assente sobre firmes princípios.
Eis porque a Tese Política do 6º Congresso ratifica a vigência e necessidade do partido comunista. Nesta conjuntura tam adversa, reafirma a importáncia da dialética entre partido de vanguarda, organizaçom de massas e movimentos sociais, pois sem ferramenta organizativa nom há luitas e sem elas nom há avanços nem vitórias.
Todavia, o 6º Congresso de Primeira Linha também analisa as mudandas operadas da esquerda patriótica, atualizando a caraterizaçom da esquerda independentista galega e apostando na sua reformulaçom integral. Abordaremos ainda as mudanças operadas na morfologia de classes da formaçom social galega, que exigem alteraçons na linha discursiva.
Está prevista igualmente a aprovaçom dumha série de modificaçons estatutárias, visando aperfeiçoar o nosso modelo leninista partidário.
O Congresso vem precedido por duas Conferências Nacionais -abril de 2013 e novembro de 2014-, nas quais se abordou o conjunto de desafios a que o partido comunista, como destacamento organizado da classe obreira, é submetido permanentemente pola ideologia reacionária burguesa.
Com este 6º Congresso, pretendemos fechar umha etapa de convulsons e turbulências que tenhem dificultado o cumprimento de boa parte dos objetivos acordados no 5º Congresso, para assim avançar na organizaçom e desenvolvimento das forças da Revoluçom Galega.
Do seu êxito dependerá a impostergável reorganizaçom e impulso que necessita o movimento de libertaçom nacional galego, para assim poder desenvolver com coerência a luita de classes, único método de defesa da classe obreira, das camadas populares e da Pátria perante as agressons do capitalismo espanhol e da UE.
Galiza, 23 de abril de 2015