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Laerte Braga

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Livre expressão

O pitbull de Ratzinger sorri

Laerte Braga - Publicado: Sábado, 16 Março 2013 15:46

Jorge Mario Bertoglio, ou Francisco, é uma das mais repulsivas figuras da igreja católica. Jesuita, à época da ditadura em seu país, Argentina, não hesitou um só instante em ser cúmplice do ditador Videla, enquanto dissimulava seu papel – dedo duro – junto aos padres e bispos de sua ordem. Entregou muitos deles à ditadura.


È responsável direto pelo sequestro de bebês, filhos de presas políticas estupradas por esbirros da ditadura e retirados de suas mães logo após o nascimento. Eram entregues a famílias das elites argentinas e a militares que os reconheciam como filhos legítimos. Muitos deles permanecem sem saber sua verdadeira história e muitas mães ainda choram os filhos que nunca viram.

Bertogoglio, "piedosamente", ajudava no processo de encaminhar os bebês.

É repugnante.

É homofóbico, contrário ao aborto inclusive em caso de estupro, fez voto de pobreza mas frequenta os salões das elites argentinas, como frequentou os da ditadura militar e é um dos mais contundentes adversários da presidente Cristina Kirchner. Tenta de todas as formas interferir no processo político de seu país, representando a voz de banqueiros, grandes empresários e latifúndio.

É fácil entender a eleição de Bertoglio. A igreja necessidade de um showman, tal e qual João Paulo II e neste momento, a América Latina, particularmente a América do Sul necessita de alguém para "colocar a casa em ordem" segundos os interesses norte-americanos (Washington e Wall Street).

Não é por outra razão que a mídia de mercado está ressaltando a importância de um papa latino-americano. É braço, ou são braços, papa e mídia, dos principais acionistas do Vaticano.

A histeria da população católica que se deixa guiar pela imagem de santo de um papa vai ser estimulada ao ponto máximo.

Nem é a primeira prioridade do novo papa enfrentar a evasão de católicos, ou sua migração para igrejas neopentecostais. É uma preocupação, vai ser atacada, mas acima de tudo Francisco quer "colocar a casa em ordem" e isso significa interferir politicamente em países como a Venezuela, a Bolívia, o Equador, o próprio Brasil, Cuba, Nicarágua, Uruguai e diretamente a Argentina.

Não tem escrúpulos, nunca teve, é só ver o seu papel na ditadura, descrito com precisão por Emilio F. Mignon, no livro IGLESIA Y DICTADURA, que conta a participação de figuras desprezíveis como Mario Jorge Bertoglio, Francisco, na selvageria que foi a ditadura argentina.

E a propósito a diferença entre os chefes das seitas neopentecostais e o papa está na presunção de sangue azul dos papas e sangue comum dos bispos e pastores padrão Edir Macedo. No fundo servem ao mesmo senhor, que certamente não é o Senhor a que vivem invocando e ao qual sempre aludem.

É um equívoco entender que a igreja católica, falida em todos sentidos, tenha perdido sua importância no processo de dominação imposto pelo capitalismo ao mundo inteiro. São dois mil anos de mistificações, assassinatos, trapaças. Toda aquela pantomima de cardeais entrando em fila, jurando piedosamente, vestidos em meio a uma pompa medieval, tem o sentido de criar o mundo da ilusão, a perspectiva da vida eterna, como prêmio pela escravidão na Terra.

Fellini mostrou essa face hipócrita e cínica em seu ROMA DE FELLINI, onde ao final de um desfile de moda sacra exibe a figura caricata de Pio XII, o preferido de Mussolini, ou de onze entre dez nazistas. Sartre também denunciou essa cumplicidade numa peça de teatro.

Francisco é a reafirmação que métodos como garrote vil, fogueiras, permanecem, ainda que transformados em garrotes e fogueiras compatíveis com o século XXI, mas com a mesma crueldade.

Francisco é o Pitbull de Ratzinger, o papa emérito. É como você trocar um ator de um filme de publicidade, porque esse não foi capaz de sensibilizar o consumidor. Entra um que vai vender o produto com maior margem de êxito.

As garras e tentáculos do capitalismo se fecham sobre a América Latina na eleição de Bertoglio, o Francisco. No Brasil, dentro outros, Marcelo Rossi está salvo, vai poder continuar a apresentar sua farsa de pio e pobre sacerdote montado em milhões à custa de incautos. São métodos. Macedo e seus iguais tomam o dinheiro direto, num show de bandidagem explicita, Marcelo Rossi dá um CD ou um livro de brinde.

Francisco tem uma goela maior.


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