Na sexta-feira o governo do Irã, que há cerca de um ano e meio capturou um desses aviões, anunciou que transferiu tecnologia da arma para o Hezbollah. A indicação de Brennan, homem chave no governo de Bush, mostra que Barack Obama continuará sendo o cervejeiro preferido pela maioria dos norte-americanos nos próximos quatro anos.
E bem mais que isso, deixa claro que o Oriente Médio continua sendo a prioridade da política externa do conglomerado ISRAEL-EUA TERRORISMO S-A. A preocupação com as constantes revoltas populares em países daquela região, o assassinato do líder esquerdista da Tunísia, as constantes manifestações no Egito, começam a levar a histeria até mesmo agentes de terceira ou quarta categoria do governo dos EUA. Caso do brasleiro William Waack que há dias, num programa que comanda numa emissora de canal fechado, acusou os democratas de serem os responsáveis por "perdas estratégicas" na região e que correm agora o risco de "perder o Egito". O próprio Waack já percebeu que uma reviravolta no Egito desestabiliza a região e coloca em xeque as políticas terroristas de Israel.
A incapacidade dos mercenários armados e dirigidos pelo conglomerado terrorista a partir da Turquia de vencer a guerra civil na Síria e derrubar o governo de Assad é outra preocupação do grupo terrorista. E levando em conta que uma ação mais escancarada esbarra em forte oposição da Rússia e da China.
A isso, os norte-americanos acrescem a crise na União Europeia. A forte reação de trabalhadores gregos, espanhóis, portugueses à devastadora política de bancos e empresas sobretudo alemãs (hoje a principal colônia dos EUA na região, superando a antiga Grã Bretanha, que faz beicinho e ameaça deixar a União Europeia).
O que Obama chama de "momentos decisivo" é na verdade a constatação da fragilidade das posições de seu país, do poder terrorista de Israel no Oriente Médio e dos riscos da crise econômica provocar reações dentro do próprio território continental dos Estados Unidos, onde os índices de desemprego e miséria já são alarmantes, agravados com a divulgação de pesquisa que mostra que perto de 40% da população do país, hoje, é de origem latina.
Na América Latina, o fracasso de tentativas tênues – por enquanto – de golpes contra Chávez e o favoritismo de Rafael Corrêa no Equador, colocam o governo dos EUA contra a parede, ainda mais levando-se em conta os governos da Bolívia, do Uruguai e da Argentina. Neste momento a grande preocupação dos EUA é que, enfraquecido externamente pela dúbia política do governo Dilma Roussef (ainda assim acuado pelas forças de direita), a presidente decida tomar caminhos indesejados, mesmo porque a inflação de janeiro no Brasil acendeu o sinal laranja.
Fica claro em todos esses fatos e situações o motivo da indicação de John Brennan. A necessidade de um terrorista experimentado e capaz de enfrentar sem qualquer princípio, mas na absoluta amoralidade, os desafios ao poder nuclear e terrorista dos EUA e de Israel.
Um homem que considera que afogamento simulado não é tortura e que não vai impedir ataques de drones ou assassinatos seletivos, é o ideal para o delicado momento enfrentado por Obama, particularmente, pelo conglomerado ISRAEL-EUA TERRORISMO S-A
O interessante é que as principais críticas a John Brennan vieram de políticos democratas. Para os norte-americanos isso não é novidade. Brennan foi homem de Bush e continua fiel aos princípios do chamado ATO PATRIÓTICO, o equivalente ao antigo AI-5 no Brasil, que permite ao governo toda e qualquer espécie de arbitrariedade em nome da doença "patriotismo".
Mais ou menos uma versão de Jarbas Passarinho, torturador brasileiro, com a frase "às favas os escrúpulos".
O mesmo poder que se confere a Brennan se confere ao guarda do quarteirão em Tel Aviv para assassinar impunemente se entender que avançar sinal é ato de terror. Isso, se o motorista for árabe.
Se for judeu e sionista não só pode avançar, como pode matar tantos quantos "inimigos" entender de matar.
Brennan é o sinal que terminaram as preocupações ecológicas de Obama, seus quinze minutos de poder após a posse para um segundo mandato e retomam as forças obscuras do capitalismo mais cruel e selvagem que se possa imaginar.
Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Terrorismo, chantagem, extorsão, etc.
Sobre Guantánamo, campo de concentração norte-americano mantido em território ocupado em Cuba, nenhuma palavra. Sobre a devolução das Malvinas a Argentina, nada.
O problema principal de Brennan, real condutor das políticas de asfixia dos EUA, é transformar tortura em "garantia da democracia".