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depressãoPaísos Cataláns - Llibertat - [Tradução do Diário Liberdade] A depressão é o trastorno mental mais frequente na Catalunha e o suicídio já é a primeira causa de morte dos homens de entre 30 e 40 anos em consequência da crise capitalista.


A crise capitalista tem ensanchado as distâncias e agudizado as diferenças entre classe alta e classe baixa. Enquanto os primeiros seguem açambarcando a riqueza e veem-se beneficiados pela gestão neoliberal da crise, os segundo padecem as consequências.

A carência de políticas a favor da redistribução da riqueza sacode os trabalhadores com um pioramento flagrante das condições de vida. Muitas famílias sofrem uma intensificaçao das penúrias e dificuldades económicas, e neste contexto a cada golpe são mais as que não podem pagar uma moradia ou não têm acesso à saúde e a educação públicas.

E, paralelament, também são mais os traballadores que pagam as consequências com a saúde ou, em alguns casos, com a vida.

Esta realidade ocultada trouxe a Federacão catalã de associações de familiares e pessoas com problemas de saúde mental (Fecafamm) a denunciar uma realidade crescente mas ocultada. A tendência crescente das doenças mentais e dos suicídios provocado pelas dificuldades económicas. E aponta diretamente para esta causa.

O suicídio, a primeira causa de morte de homens de entre 30 e 40 anos

Neste sentido, revela um dado impactante: Atualmente o suicídio é a primeira causa de morte de homens entre 30 e 40 anos e a segunda causa de morte de jovens entre 15 e 21 anos. De fato, a ONU assinala que à União Européia o aumento das taxas de desemprego se associa com aumentos nas taxas de suicídio. Por um aumento de 1% na taxa de desemprego se incrementa um 0,8% a taxa de suicídios.

Um estudo recente da OMS evidencia que uma da cada quatro pessoas padecerá algum trastorno ao longo da sua vida, e uma da cada dez durante o último ano. Neste contexto, as pessoas em situação de desemprego têm um risco mais alto de padecer qualquer tipo de trastorno mental, sobretudo os trastornos do estado de ânimo e os problemas associados ao abuso de álcool.

A depressão é o trastorno mental mais frequente na Catalunha

Relacionado com este fato, a Fecafamm indica que a depressão maior é o trastorno mental mais frequente entre os pacientes de atendimento primàrio na Catalunha, com cifras que oscilam entre 9% aos 12 meses e 14%.

Segundo a Fecafamm, o ano 2020 a depressão será a segunda causa de discapacitadade no mundo. Na Catalunha, os custos directos da depressão sobem a 156 milhões de euros, os indiretos ascendem a 580 milhões, um total de 736 milhões de euros (quase 10% do orçamento da Generalitat em saúde).

Xavier Trabado, presidente de Fecafamm, destaca que mais de 90.000 pessoas na Catalunha têm uma discapacidade relacionada com um trastorno mental, o qual representa a segunda causa de discapacitade.

Os cortes em serviços sociais e saúde agravam a situação

Não só não se põe remédio a estas situações, como se cortam os recursos destinados a tratar as pessoas afetadas. Segundo Trabado, a saúde mental padeceu um atraso histórico no despregamento de serviços, tanto sanitários como sociais, trabalhistas e educativos.

“Temos um conjunto de serviços muito recente, em processo de consolidacão e que está a padecer muito as tensões de financiamento, a qual põe em risco a sua continuidade e, portanto, a continuidade do atendimento às pessoas”, acrescenta.

Além disso, neste ano foi especialmente difícil no âmbito da inserção laboral, onde os importantes contes nas políticas activas de ocupação puseram em risco a continuidade dos apoios e os serviços às pessoas num momento em que justamente faria falta reforçá-los.

Esperança de vida menor

As crescentes desigualdades traduzem-se inclusive com a esperança de vida. Tanto é assim que os vizinhos dos bairros da zona alta de Barcelona vivem mais que os dos bairros mais humildes, como o Raval, com uma esperança de vida de 81 e 73 anos respetivamente.

O projeto europeu "Sophie" estudará esta desigualdade. Os pesquisadores que participam ao estudo também constataram que na Catalunha o risco de ter uma depressão ou ansiedade é quatro vezes superior numa mulher no desemprego e sem estudos do que num homem diretor ou profissional.


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