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antiavalotsEstado espanhol - Directa - [Traduçom do Diário Liberdade] Até o momento a polícia detivo onze pessoas, algumhas delas em casas particulares. Continuam os registros. Segundo fontes judiciais, os Mossos tenhem previsto deslocar as pessoas detidas à Audiência Nacional de forma "muito rápida".


Às seis e um quarto da manhã, um operativo formado por 700 agentes dos Mossos d'Esquadra mobilizou-se para levar a cabo umha operaçom contra o movimento libertário. Cumprindo ordens da Audiência Nacional espanhola, num operativo ordenado polo seu juiz Javier Gómez Bermúdez, os agentes assaltarom a Kasa de la Muntanya, histórica casa okupada de Barcelona que este ano cumpre 25 anos de atividade. Os Mossos rebentarom o acesso principal da casa para poder aceder e, naquele momento, um helicóptero da polícia situou-se sobre o prédio iluminando-o com um potente foco. Os antidisturbios arrancarom umha árvore e um sinal da rua para poder estacionar os seus furgons.

Segundo puido saber a Directa, umha vintena de habitantes da casa tiverom tempo de se reunirem no ginásio para ficar à expetativa. No momento da irrupçom policial, no edifício havia duas crianças de cinco e seis anos. Os Mossos separarom os menores junto com o seu pai no andar de baixo, enquanto duas pessoas da vintena restante forom tomadas como testemunhas do registro. Os agentes inspecionarom toda a casa e requisarom os telemóveis, computadores portáteis e todos os aparelhos informáticos que encontrarom no seu caminho.

O operativo policial era formado por agentes da Divisom de Informaçom dos Mossos d'Esquadra, acompanhados dum grande número de efetivos da Brigada Móvel que, entre outras tarefas, conformarom um perímetro em toda a zona que impedia achegar-se à casa. Os antidisturbios levavam escopetas de projetis de Foam e identificarom a imprensa que se aproximava para cobrir a notícia. Vários vizinhos informarom do grande dispositivo policial que tinha sido despregado: no mínimo quinze furgóns na rua Larrard e dez em Sant Josep de la Muntanya. Ademais, num par de pontos da Vila de Gràcia, concretamente na rua Sant Salvador e Ros de Olano, despregarom-se mais agentes para registrar moradas.

Para além disso, os agentes confiscarom todo tipo de documentaçom, assim como numerosas ferramentas da oficina elétrica da casa. Também forom revisados ao detalhe os brinquedos das crianças. Os agentes permitirom abandonar o edifício a vários adultos e as duas crianças, mas nom às outras pessoas que se encontravam dormindo no interior da casa antes da irrupçom policial. A meia tarde os agentes tinham registrado a maioria das dependências da Kasa de la Muntanya.

O registro da Kasa de la Muntanya finalizou às seis menos dez da tarde segundo consta na acta levantada pola agente judicial deslocada desde Madrid. A comissom judicial saiu do prédio àquelas horas, mas nom deixou cópia do inventário de todo o material requisitado (procedimento contemplado na lei). Os agentes antidisturbios dos Mossos d'Esquadra ficarom no edifícios 30 minutos mais, embora a retirada da comissom judicial.

Um porta-voz da Kasa de la Muntanya explicou à Directa que a porta de acesso e duas das janelas do prédio estam "totalmente destroçadas". Assim como outros elementos da mobília do interior do imóvel, que também sofrerom graves danos. Em relaçom a toda a operaçom, amanhã a Kasa de la Muntanya oferecerá umha rolda de imprensa ao meio-dia diante da casa okupada.

Destroçam a porta dum casal de reformados por erro

No marco da operaçom, e segundo informarom à Directa as pessoas afetadas, umha dezena de Mossos entrarom no domicílio particular dum casal de reformados, derrubando a porta às cinco da manhã. Os agentes pedirom "desculpas" polo erro e assegurarom ao casal que, umha vez que este avance o pagamento da reparaçom, o corpo público retornaria o importe. Questionada por este jornal, a sala de imprensa do corpo policial nom quixo fazer declaraçons ao respeito.

A reaçons nom se figerom esperar e forom convocadas concentraçons para esta tarde. Em Barcelona é esperada umha concentraçom às 17h na praça Orfila e outra às 19h na praça do Diamant. Também haverá mobilizaçons em Berga, Girona, Igualada, Manresa, Reus, Tarragona, Valéncia, Terrassa e Vilafranca. No estado espanhol as citas serám em Madrid, Zaragoza, Valladolid e Salamanca.

Neste contexto, a primeira hora da manhã, por volta de 50 pessoas cortarom durante meia hora a Travessera de Dalt de Barcelona, numha acçom espontânea e solidária com a casa ocupada, até que agentes antidisturbios as dispersarom poucos minutos depois das oito da manhã. Posteriormente, o grupo solidário deslocou-se até a praça Lesseps, onde figerom umha chamada a concentrar-se. Desde o exterior da casa, localizada no bairro da Salut do distrito de Gràcia, escuitarom-se vários petardos e podiam ver-se na escuridade as luzes de lanternas desde o edifício.

Operaçom ordenada pola Audiência Nacional

Até o momento, a Direta puido confirmar onze detençons em catorze registros, treze em Catalunya e um em Madrid. Umha das detençons foi efetuada num parque de bombeiros da cidade de Barcelona por agentes à paisana encarapuçados. Os polícias levarom o bombeiro algemado até a sua morada no bairro de Sant Andreu para registrar o imóvel. A última detençom teria sido efetuada numha morada próximo à Plaça del Sol da Vila de Gràcia, onde os Mossos estam a realizar outro registro. Além do da Kasa de la Muntanya, forom confirmados vários registros de mais entidades: no bairro de Sant Andreu de Palomar os Mossos d'Esquadra registrarom o Ateneu Llibertari, e, em Poble Sec, figerom o mesmo com o Ateneu Anarquista. Também se puido confirmar o registro de duas moradas em Nou Barris e, no mínimo, quatro mais em Sant Andreu de Palomar.

A área de comunicaçom dos Mossos d'Esquadra fijo pública umha nota de imprensa onde atribuem o assalto à Kasa de la Muntanya a um grande operativo policial, no marco do "caso Pandora". Na missiva, os Mossos afirmam que é a Audiência Nacional a que ordenou o operativo, que continua em marcha e que se está a levar a cabo em diferentes localidades de Catalunya e Madrid. Segundo o texto, o seu objetivo seria "desarticular umha organizaçom terrorista de carácter anarquista, à qual lhe som atribuídos diversos atentandos com engenhos explosivos". Finalmente, afirmam que forom detidas várias pessoas polo delito de pertença a "organizaçom criminosa" com "finalidade terrorista" de "carácter anarquista".

Segundo assalto à Kasa de la Muntanya

Nom é a primeira vez que um corpo policial acede ao interior da Kasa de la Muntanya. O 18 de julho do ano 2001, a entom delegada do governo espanhol em Barcelona, Júlia Garcia Valdecasas, ordenava o despejo do edifício e enviava os antidisturbios da Polícia Nacional espanhola à casa okupada do bairro da Salut. Valdecasas justificou-no alegando que desde o interior do imóvel se estavam a produzir agressons contra os agentes que despejavam o prédio okupado de Can Nyoki, localizada justo em frente da Kasa de la Muntanya. Aquela operaçom acabou em nada: o julgado de guarda de Barcelona ordenou a retirada dos agentes considerando que se tratava dum despejo ilegal. Posteriormente, o juiz de guarda iniciou um expediente contra o mando dos antidisturbios de Barcelona, Silverio Blanco, acusando-o de despejo ilegal e roubo. A causa, finalmente, ficou arquivada.

 


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