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japaoJapão - Vermelho - Vários veículos de comunicação japoneses publicaram editoriais, hoje quarta (2), criticando a revisão constitucional aprovada ontem anterior pelo gabinete do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, para que seja cancelada a proibição da "autodefesa coletiva". Após a aprovação, diferentes setores da sociedade japonesa expressaram forte protesto e oposição, de acordo com a mídia japonesa, a uma reformulação da política securitária influenciada pelos EUA.


Banri Kaieda, representante do Partido Liberal Democrático, maior partido de oposição do Japão, declarou que o processo não foi transparente, e disse que o seu partido opõe-se firmemente à aprovação de uma resolução "que viola o espírito do constitucionalismo".

O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, expressou preocupação com o alargamento possível do uso da força, consequência da modificação da Constituição. O prefeito de Nagasaki, Tomihisa Taue, disse que as leis e os direitos devem levar em consideração o conceito pacifista da Constituição.

De acordo com a emissora japonesa Nippon Hoso Kyokai (NHK), milhares de pessoas protestaram diante do Birô do Primeiro-Ministro em Tóquio, na terça-feira (1º/7), rechaçando a nova política de defesa. Os manifestantes criticaram o plano do gabinete para reinterpretar a Constituição de forma que, acreditam, permitirá que o Japão entre em guerra.

A crítica refere-se ao Artigo 9º da Constituição japonesa a ser revisto, e que garante a renúncia à guerra. Uma estudante universitária foi citada pela NHK dizendo temer o método do gabinete para mudar a política de defesa do Japão através da "reinterpretação", e não da "emenda". Além disso, um senhor também foi citado rechaçando a nova política, que considera um retrocesso na política tradicional adotada desde a Segunda Guerra Mundial.

Revisão obscura influenciada pelos EUA

Kaieda disse que uma mudança tão significativa na política securitária do Japão não pode ser realizada em negociações a portas fechadas pela coalizão governante, ainda sem debate suficiente no Parlamento, que deve reunir o comitê orçamentário das duas câmaras para discutir a questão apenas em 14 e 15 de julho. A mudança permite, por exemplo, que o Japão aumente o seu contingente nas Forças Armadas e que envie tropas ao exterior, caso aliados estejam em "risco", com termos também considerados vagos e perigosos pelos críticos.

O governo deve mover-se rapidamente na "reinterpretação", formando um comitê com cerca de 30 pessoas dos ministérios relevantes para estudar que leis são necessárias, enquadrado no secretariado do Conselho de Segurança Nacional recentemente inaugurado e formulado nos moldes do conselho estadunidense.

Os chefes das Forças Armadas dos EUA e da Coreia do Sul reuniram-se com o chefe das Forças de Autodefesa do Japão no Havaí, na terça-feira, para discutir a decisão do gabinete de governo japonês. O encontro aconteceu nos bastidores do exercício militar organizado pelos Estados Unidos, o Rimpac ("Rim of the Pacific", ou "Cinturão do Pacífico").

As autoridades japonesas também pretendem acelerar a coordenação regional com os Estados Unidos para tentar incorporar a nova política nas diretrizes da cooperação no setor de Defesa, que devem ser revistas no final deste ano.


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