O processo durou um ano
A primeira assembleia com vista à constituição da CDSEH realizou-se a 25 de Maio em Eibar (Gipuzkoa). Nela, os sindicatos e organizações sociais que nos últimos anos tinham andado a trabalhar por um outro modelo social e económico quiseram vincar a importância deste processo inovador.
Considerou-se que era chegado o momento de unir forças e de construir um instrumento de luta válido, que, entendiam os promotores, iria contribuir para a criação de uma alternativa «que implique o desenvolvimento de um modelo económico e social próprio, decidido e elaborado por e para Euskal Herria e não pelas elites económicas».
Um ano depois, aprovada a Carta na íntegra, é preciso destacar que foram cumpridos todos os objectivos propostos. O processo horizontal e participativo, ao longo do último ano, confere a esta carta um carácter diferente, especial no País Basco. Para lá dos resultados obtidos, trata-se de uma experiência política com um carácter inovador. Os dados são bastante significativos: cerca de 1200 pessoas participaram nos 113 processos abertos nas várias capitais, terras e bairros de Araba, Biscaia, Guipuscoa e Navarra. Foram milhares de contributos sobre a questão dos direitos sociais.
Ontem, terminou a primeira parte de um longo processo
Falta o mais importante: sociabilizar esta iniciativa, divulgar ao máximo a Carta construída entre todos e todas. A Carta dos Direitos Sociais do País Basco não é apenas um texto, mas pretende ser uma ferramenta útil na luta pela construção de uma sociedade mais justa.
A segunda fase terá início a 14 de Junho
A Carta será apresentada publicamente em Bilbau, na Casa Arrupe, com a presença de representantes de todos os sindicatos e organizações sociais que apoiaram e incentivaram o processo. E será divulgado o seu conteúdo final.
Quem a subscreve continuará a trabalhar em prol da Carta e da defesa dos direitos sociais; para que esses direitos sejam divulgados e cheguem a todos os bairros, localidades e cidades de Euskal Herria.