A marcha silenciosa, que partiu do túnel do Antiguo pelas 17h30, contou com a participação de milhares de cidadãos, que reivindicaram nas ruas de Donostia a libertação das pessoas referidas e, em especial, a de Iosu Uribetxebarria, que continua preso no Hospital Donostia, pese embora na quinta-feira passada o juiz de Vigilância Penitenciária José Luis de Castro ter decretado a sua liberdade condicional.
A medida só será concretizada quando a decisão se tornar firme, e existe a possibilidade de a Procuradoria recorrer da resolução judicial. Por outro lado, a defesa do preso arrasatearra apresentou ontem um documento em que exige a sua libertação imediata.
A mobilização, em que participaram, entre outros, Joseba Permach (esquerda abertzale), Pello Urizar (EA), Dani Maeztu (Aralar) e Xabi Soto (Alternatiba), teve lugar depois de a AN espanhola ter proibido uma marcha de quatro dias entre Donostia e Arrasate, terra natal de Uribetxebarria, para exigir a libertação dos catorze presos doentes.
Os manifestantes, entre os quais também se encontravam os deputados da Amaiur Maite Aristegi e Xabier Mikel Errekondo, bem como o autarca de Donostia, Juan Karlos Izagirre, o deputado-geral de Gipuzkoa, Martin Garitano, o membro da Ezker Anitza Mikel Eizagirre e o advogado Iñigo Iruin, fizeram em silêncio o percurso. No Boulevard donostiarra, onde terminou, a comitiva foi recebida ao som da txalaparta.
Ali, houve actuações de um grupo de jovens dançarinas, do bertsolariIgor Elortza e do músico e cantor Rafa Rueda. Depois disso, o porta-voz dos organizadores, Juan María Feliu, leu um comunicado em que reclamou «a mudança da política penitenciária, no caminho para a paz, a solução e a normalização».