Depois de conhecer que Povo Soberano obteve uma maioria de votos (22,7 por cento do total) entre os oito partidos em disputa, Wiels assegurou que uma consulta popular para decidir o fim dos vínculos políticos com a Holanda centrará a partir de agora o debate político no país.
"O povo deve ter a oportunidade de eleger, em um referendo, e acho que o momento é o correto. Estes resultados manifestam que a consciência para a independência e a autonomia têm crescido", afirmou.
Em 2009 esta ilha celebrou um referendo, em que 52 por cento da população voto pela autonomia em relação à Holanda.
As eleições da véspera, onde 230 candidatos se disputaram os 21 assentos do Parlamento, decorreram em um ambiente geral de acalma e com ampla participação cidadã, segundo o diário Curazao Chronicle.
Para a jornada de eleições, da que sairá ademais o novo premiê, estiveram chamados a votar mais de 115 mil pessoas.
Nesta nação, o sistema é democrático parlamentar, no que a coroa holandesa é a principal fonte de autoridade, seguida do premiê, o Parlamento e o Conselho de Ministros.
Os sufrágios, programados inicialmente para 2014, tiveram de ser adiantados para ontem depois que o ex premiê Gerrit Schotte dissolveu o Parlamento, depois de perder a maioria pela saída da coalizão governamental de dois legisladores.
Schotte, líder do Movimento Futuro Curazao, que governa desde 2010, foi destituído a fins de setembro e substituído por um governo interino encabeçado por Stanley Betrain.
Para o ex premiê, o sucedido foi um golpe de Estado em seu contra dirigido desde a Holanda.
Curaçao é considerada como a maior ilha turística autônoma das antigas Antillas Holandesas e está situada no sul do mar do Caribe, a 56 quilômetros da costa ocidental da Venezuela.