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8552025310 9a008e912d zGrécia - LBI-QI - As mais recentes pesquisas de opinião indicam empate técnico entre o Syrzia e a Nova Democracia nas eleições parlamentares que ocorrerão na Grécia neste domingo, 20 de setembro.


Foto de Joanna (CC by/2.0/)

Esse resultado armado artificialmente pelos grandes meios de comunicação servis ao imperialismo reflete deformadamente o giro à direita provocado pela completa submissão do governo de Alexis Tsipras as imposições da Troika, com a celebração de um novo memorando que avançou nas privatizações e nos ataques as conquistas sociais. O grande “trunfo” de Tsipras é que ele se apresenta como o melhor gerente para garantir o processo de renegociação da dívida, previsto para recomeçar em outubro, porque aposta em uma política de colaboração de classes, mas a direita e da extrema-direita (Aurora Dourada) vem crescendo eleitoralmente nos últimos dias.

Neste cenário de extrema polarização, o Syrzia recorre ao “fantasma da volta da direita” para chantagear o voto útil na neosocial-democracia convertida à gerência servil a Troika. Segundo todas as sondagens, os “dissidentes do Syriza” que formaram a Unidade Popular (UP) chegam no máximo a 3,5% dos votos podendo até mesmo não ingressar no parlamento que impõe a cláusula de barreira de 3%, o que significa que os eleitores do Syrzia optaram por continuar votando em Tsipras ou mesmo se abster, apesar da UP ter o apoio da esmagadora maioria dos grupos revisionistas do trotskismo como a CMI de Allan Woods e a CIT de Peter Taaffe.

Todas as correntes revisionistas que semearam ilusões na última cartada política do Syriza, o referendum-farsa denunciado pelo KKE e a LBI brasileira, agora migram para a UP. Segundo a LBI-QI, Este novo partido não passa de uma versão requentada da receita socialdemocrata que o Syriza apresentou em janeiro, buscando conciliar os interesses dos capitalistas nacionais com o povo espoliado, através da bandeira do retorno da moeda nacional (o Dracma), prometendo no máximo nacionalizar bancos e algumas indústrias para criar um “Estado forte” que sirva a sua frágil burguesia nativa. Por sua vez, o Partido Revolucionário dos Trabalhadores (EEK), "que mantém relações diplomáticas oportunistas com o PO argentino depois da implosão de sua “Internacional” (CRCI)", está coligado com o ANTARSYA. Este agrupamento quase conformou a UP, porém acabou não ingressando por questões de aparato e não por divergências com sua estratégia social-democrata de esquerda na medida que defende as eleições como via para se chegar ao socialismo. A Fração Trotskista (PTS argentino e MRT no Brasil) também apoia o ANTARSYA, mesmo reconhecendo que este agrupamento não defende a “perspectiva de um governo operário”. "Na verdade o ANTARSYA mantém e patrocina ilusões no regime da democracia dos ricos e não a ruptura revolucionária com o modo de produção capitalista, da mesma forma como faz a FIT na Argentina completamente adaptada ao regime da democracia burguesa" - explica a LBI.

Dentro desta realidade o mais justo e correto para os interesses do proletariado grego, segundo a análise da LBI-QI brasileira, neste momento é apoiar as candidaturas classistas do KKE contra Tsipras-Syriza, os velhos partidos da ordem e a “nova esquerda” domesticada representada pela UP e a ANTARSYA. A tarefa central que se mantêm neste cenário é apontar que o caminho dos trabalhadores e do povo grego para barrar os ataques impostos pela Troika e o governo do Syriza não são as eleições e sim a mobilização direta, suas greves e lutas pela nacionalização dos bancos, indústrias, portos e aeroportos sob o controle dos trabalhadores e de conselhos operários para lançar as bases para a construção de um poder de novo tipo, um Estado Operário, forjando uma alternativa revolucionária trabalhadores da cidade e do campo.


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