"Este é um momento verdadeiramente histórico", anunciou o chefe do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Alexander Turchinov.
A decisão foi confirmada à Agência Efe pelo ministro da Justiça, Pavel Petrenko, que detalhou que a proibição afeta o Partido Comunista da Ucrânia, o Partido Comunista (Renovado) e o Partido Comunista dos Trabalhadores e Camponeses da Ucrânia.
“Depois de aprovadas as leis no parlamento, foi criada uma comissão que, ao longo de um mês efetuou um estudo dos três partidos comunistas da Ucrânia”, explicou o ministro, que assinou o decreto. Patrenko ainda destacou que essa “proibição” “será levada até as últimas consequências”.
Conforme a nova legislação, essas legendas não poderão propagar seu nome, seus símbolos, nem seu programa ou estatuto. A lei também obriga o Estado a investigar toda informação sobre os delitos cometidos durante os governos "comunista" e nazista.
Para o líder do Partido Comunista russo, Gennády Ziugánov, a decisão de Patrenko é "puramente arbitrária e uma vingança sobre seus adversários políticos". Ele também critica o fato de a lei "equiparar" comunistas aos nazistas.
Em 9 de abril, o Parlamento da Ucrânia aprovou uma lei que legalizou todas as organizações políticas, paramilitares e terroristas que sabotaram e agiram contra as leis e instituições soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial, inclusive aquelas que colaboraram com os ocupantes fascistas.
Em maio, o presidente ucraniano, Petro Porochenko, sancionou a lei que implica também que todos os monumentos que homenageiam os líderes soviéticos, incluindo as estátuas de Lênin, deveriam ser desmontados. Com a decisão, as autoridades ucranianas também querem rebatizar cidades, ruas e entidades cujos nomes tenham referências á época da Ucrânia Soviética.
Do Portal Vermelho, com informações do Opera Mundi