A detenção chega após um mandato internacional emitido pela Suécia, formalmente não relacionado com a atividade informativa de Assange, em função de duas acusações de abuso sexual no país escandinavo.
Assange terá que comparecer num tribunal da capital britânica após ser interrogado pela Scotland Yard, se bem está também pendente de resolução o pedido de extradição de um procurador sueco.
A detenção chega após ser rejeitada uma primeira ordem de arresto ditada na Suécia, onde ser apresentaram as denúncias por supostas agressões sexuais em Estocolmo. A segunda sim foi finalmente assumida pela justiça britânica, que agora vai decidir o que fazer.
Assédio policial e financeiro
Nos últimos dias, a publicação de informações comprometedoras para diferentes governos, principalmente o norte-americano, situou Julian Assange no centro de uma polémica internacional sem precedentes. As pressões provenientes dos Estados Unidos para a sua captura complementaram-se com ataques informáticos ao site do Wikileaks, a clausura da conta de PayPal, congelando 60.000 dólares de apoio ao labor de Assange e o cancelamento de uma conta bancária do próprio Jualian Assange na Suíça, que continha 31.000 dólares.
Tal como informamos ontem mesmo, centenas de sites estão a servir de espelho do site, em resposta aos ataques supostamente originados em instâncias do governo norte-americano. Porém as ameaças de morte recebidas e a pressão mediática acabou por levá-lo a pactuar a sua entrega, iniciando uma nova fase da sua perseguição pelos EUA.
Mais informações pendentes de ser filtradas
Os documentos podem conter dados supostamentes vazados pelo militar norte-americano Bradley Manning, apontado como suspeito de vazar as informações para o WikiLeaks. Tais arquivos seriam inéditos e incluiriam um vídeo de um ataque aéreo norte-americano no Afeganistão, que causou várias baixas na população civil.