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Saarauis enfrentam massacre das forças de ocupaçom marroquinas nas ruas de El Aiún

091110_el_aaiunSaara Ocidental - Diário Liberdade - 11:24 - Terça, 9 de Novembro: El Aiún fica a estas horas tomada polas forças marroquinas, depois de 24 horas de guerra nas ruas da cidade. Nom há confrontos nas ruas neste momento.


Tarde de confrontos nas ruas de El Aiún

Ontem de tarde continuárom os confrontos nas ruas de El Aiún. As informaçons som ainda confusas, mas fica claro que houvo vítimas mortais, e que o número delas é superior a esse único morto da parte saaraui que até agora pudo ser confirmado (o jovem Babi Mahmud el Gargar), podento atingir os treze, segundo algumha delas.

Entre estas baixas, o governo de Marrocos admitiu a morte de cinco agentes, apesar de que fontes da resistência saarai indicavam ontem, por volta da meia-tarde, até 28 mortes entre as forças agressoras.

Também na tarde de ontem, sabia-se que o exército de Marrocos estava a armar os colonos marroquinos que colaboram na ocupaçom das terras saarauis e, segundo informaçons chegadas da cidade, arredor de umha centena deles podem ter-se unido às forças militares de ocupaçom.

Houvo lume e barricadas durante todo o dia de ontem em El Aiún. Fôrom levantadas por umha populaçom cansa de que a sua luta pacífica só tenha servido para sofrer mais repressom, pobreza e imperialismo, e fijo-o encorajada pola última actuaçom genocida de Marrocos: o desalojo violento de um acampamento cujo crime foi reclamar condiçons de vida dignas.

Reaçons (e falta delas)

A ONU e a UE nom condenárom as brutais agressons ao povo saaraui. Também nom o fijo Espanha, antiga potência de ocupaçom no Saara Ocidental. Precisamente Espanha, a partir da sua retirada do Saara Ocidental, em 1976, é responsável por grande parte pola situaçom actual de ocupaçom, que foi apoiada polos Estados Unidos.

Como curiosidade cómica, se nom fosse com conseqüências dramáticas, o Governo de Marrocos justificou a brutal agressom de ontem dizendo que "elementos fora da lei", "delinqüentes comuns", tinham tomado o controlo do acampamento e que mantinham "seqüestrados" notáveis saarauis, mulheres e crianças nele, sem deixá-los voltar para as suas casas.

Porém, a contundente e maciça resposta da populaçom à agressom revela o falso desse pretexto e que o acampamento reivindicativo contava com o apoio da totalidade do povo saaraui.

Além desta imaginativa justificaçom marroquina, houvo reacçons como a da activista Aminetu Haidar quem ontem dizia para o jornal espanhol burguês El País que "os colonos [marroquinos] entram nas casas dos saarauis, batem neles, roubam as suas lojas e queimam os seus carros" e que Marrocos os utiliza para amedrontar-nos... Há muito medo... Marrocos quer provocar umha guerra civil entre colonos e saarauis."

Marrocos tentava sabotar a reuniom com a Fronte Polisário

A intençom de Marrocos com este ataque, precisamente o dia em que estava prevista umha reuniom entre este governo e a Fronte Polisário (FP) preparada pola ONU, é, segundo a FP, sabotar as conversas, pôr nervosa a FP para que esta pare as negociaçons e poder culpá-los polo fracasso das mesmas. Porém, desde a FP indicárom que nom cairiam na provocaçom, e a reuniom de ontem em Nova Iorque realizou-se, sem imprensa.


081110_elSegunda, 8 de Novembro:

Ao menos 13 mortos nas ruas de El Aiún, onde o exército marroquino massacra a populaçom saaraui

Segundo informaçons de última hora, El Aiún é umha cidade em guerra entre o exército imperialista Marroquino e a populaçom saariana, depois da massacre desta madrugada no acampamento de protesto a 18 quilómetros da cidade. A informaçom é ainda mui confusa.

O Exercito de Marrocos, num novo ato de caráter imperialista, destruiu esta madrugada um acampamento "Gdeim Izik", no qual 25.000 pessoas saarauis permaneciam exigindo melhorias nas duras condiçons sociais e económicas às quais o imperialismo Marroquino as submete, sem esquecer o contributo que a Espanha e Mauritánia tenhem feito historicamente para vexar este povo e conduzi-lo à situaçom atual.

O acampamento foi destruído e a populaçom que lá se encontrava atacada, com resultado de ao menos 13 mortes, desapariçons e milhares de feridos segundo fontes saarianas. Mais tarde, autocarros do exército deslocárom as pessoas para El Aiún, a 18 quilómetros do acampamento, onde as forças militares invasoras entrárom de novo, atacando a populaçom da capital do Saara, incluidas crianças, idos@s e mulheres.

A agressom deslocou-se para El Aiún

A cidade, a 18 quilómetros do acampamento onde começou o massacre, tem os acessos fechados, igual que as comunicaçons. Marrocos tem a populaçom encerrada e está a tentar levar a cabo um massacre. Ahmed, do Comité de Organizaçom do acampamento, afirma que "helicópteros e soldados estám a disparar com metralhadoras" e que entrárom no acampamento com "imensa violência, como se fosse um combate entre exércitos, quando sabem que nom temos armas, nem temos facas de cozinha". Informam de registos nas vivendas, detençons e disparos.

A populaçom resiste

Escuitam-se disparos e explossons, mas a populaçom do Saara resiste com o que tenhem. Lançam pedras, paus... Há informaçons que indicam que pessoas tenhem conseguido substrair um blindado dos que os corpos militares marroquinos estám a utilizar na sua agressom, e que estám a empregá-lo na defesa da cidade. Também para já chegam novas de milheiros a protestar nas ruas, que segundo Hassana Duihi, do Comitê de Pres@s Saarian@s, "estám tomadas".

Fontes dessa resistência indicárom o grande perigo que as pessoas estám a correr em El Aiún, onde há lume e violência por toda parte.

Destruiçom do "Gdeim Izik" deixa sete mortes e inúmeras pessoas feridas

Por volta das 6:45 h de hoje, o exército marroquino entrou no acampamento, lançando água quente e lacrimogénios desde helicópteros, dando lume às barracas e disparando contra a populaçom.

Fontes da Fronte Polisário e ativistas internacionais informárom de treze mortes, umha delas na própria cidade de El Aiún, enquanto o acampamento fica completamente destruído, e o lume do incêndio no que ainda agora se consume pode ser visto desde 5 quilómetros de distáncia.

Porém, os dados nom som definitivos, e infelizmente poderiam sofrer incrementos, sobretodo quando se confirmar o resultado da invasom que Marrocos deslocou agora para El Aiún.

Marrocos tenta ocultar os factos

As autoridades marroquinas falárom de "poucos feridos" de cada um dos bandos e tentárom justificar a intervençom colonialista com a suposta existência de "líderes ilegais" que impediam as pessoas de abandonarem o acampamento, onde se reivindicavam melhorias económicas e sociais para a populaçom do Saara Ocidental, ocupado por Marrocos.

Foto: EFE/STR - O acampamento massacrado polo exército de Marrocos, antes do ataque de hoje.

 


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