O estúdio Metro Goldwyn Mayer, MGM, considerado um dos mais tradicionais e importantes da indústria do cinema, declarou que entrou com pedido de falência nos Estados Unidos. A companhia apelou para o famoso capítulo 11 da lei de falências norte-americana, apresentando junto à Justiça de Nova Iorque uma estratégia de reorganização. A resposta para este pedido deve ser divulgada no próximo mês pela Justiça.
As dívidas da MGM já acumulam um valor de 4 bilhões de dólares. E o plano de recuperação está baseado em uma parceria com a produtora Spyglass Entertainment. Após resolver os problemas financeiros atuais a Spyglass entraria com os executivos para assumirem a administração do estúdio.
A Spyglass é um dos principais credores da MGM que aceitaram transformar a dívida em participação nas ações do estúdio. Outra empresa que aceitou o "perdão" da dívida em troca de ações foi a empresa cinematográfica Lionsgate
Antes de aceitar o acordo com as ações a Lionsgate havia feito uma proposta de compra bilionária que não foi aceita pela direção da MGM.
Durante este processo de reorganização estão cancelados e suspensos todos os filmes e projetos da MGM. Entre os principais deles a continuação de "007" e as filmagens de "O Hobbit" que está sendo dirigido pelo cineasta Peter Jackson. A companhia tem os direitos de clássicos do cinema como "Ben-Hur", "E o Vento Levou", "O Mágico de Oz" entre outros.
O plano do estúdio é após receber o aval do pedido de falências, zerar as dívidas e retomar as produções tanto cinematográficas como televisas, a partir de um empréstimo de 350 milhões de dólares.
A crise no mercado cinematográfico é um reflexo direto da profunda recessão porque passa a economia norte-americana. Ao atingir o mercado do entretenimento mostra que a crise está em expansão.