O grande trabalho realizado pola classe trabalhadora até agora está a dar os seus frutos.
O Faro de Vigo, jornal decano do Estado espanhol e voz da burguesia do sul da Galiza ficará calado hoje 29 de setembro graças ao intenso trabalho dos piquetes. O mesmo lhe acontecerá ao seu parceiro do norte, La Opinión, pertencente à mesma empresa.
Estes meios de comunicaçom reaccionários, conhecidos polos seus posicionamentos contra os interesses da maioria social e a língua e culturas galegas, sustentados com o dinheiro público que todos os anos lhes dá o governo autónomo galego, hoje nom poderám mentir como de costume por ter sido bloqueadas as suas distribuiçons.
Hoje a voz e o protagonismo será da maioria social, da classe trabalhadora, das pessoas que vivemos do nosso salário mensal e nom dos grandes burgueses a quem defende o Faro e a Opinión.
Hoje toca-lhes a eles escuitar o que di o povo. Burguesia, caluda!
Continuaremos a informar a partir das 9:00 da manhá, hora galego-portuguesa, dos principais acontecimentos da greve geral galega.
Faro de Vigo e La Opinión nom sairám à rua pola greve geral
2:13 (hora galego-portuguesa) Mais informaçons sobre a greve no sector da imprensa escrita. O jornais burgueses "El Faro de Vigo" e "La Opinión de A Coruña" nom sairám hoje à rua devido à greve das pessoas trabalhando nas suas redaçons e aos piquetes. A editorial Prensa Ibérica, proprietária deles, desculpa-se e tenta botar as culpas @s trabalhadores através desta nota:
"(...) A actuaçom dos piquetes, fijo inviável a distribuiçom de Faro/La Opinión. Perante estes factos, Editorial Prensa Ibérica, editora deste jornal, pede desculpas aos seus leitores, subscritores e anunciantes polo seu obrigado nom comparecimento no mercado"
Como já fora adiantado, outros jornais terám ediçons com menos páginas ou encerrárom as suas redaçons antes do normal.
Enquanto El Faro/La Opinión se laiam polos piquetes, desde o Sindicato de Jornalistas da Galiza denunciam-se pressons mesmo explícitas para @s trabalhadores e trabalhadoras nom participar na greve.
As percentagens de participaçom vam de 60% no Xornal de Galicia, o "El Faro de Vigo" a 30% em "La Voz de Galicia" e ainda menos em "La Región", passando por 50% no Diário de Ferrol e na "Europa Press".
Porém, estes dados correspondem apenas às redaçons, e falta por verificar os que, até às 6:00h –hora (galego-portuguesa) à que remata a greve no sector da imprensa-, achemos nas imprensas.
De manhá será o momento do resto do sector da comunicaçom.
Até o momento, a pesar da constatável presença de elementos policiais e secretas, nom temos constáncia de nengum ataque policial à classe trabalhadora.
Aliás, ao longo do serám, umha importante vaga de trabalhadores e trabalhadoras da cidade olívica dirigiu-se à Chapela, localidade onde estám sediados os jornais burgueses Faro de Vigo, ABC e El Mundo, para evitarem a distribuiçom dos seus exemplares polos quiosques e casas durante esta jornada de greve geral.
Ademais, ainda que sem confirmar, chegou à nossa redacçom informaçom de que por volta da meia noite a polícia espanhola teria agredido trabalhadores e trabalhadoras do sul da Galiza por tentarem garantir o direito de greve.
Segundo informavam ao Diário Liberdade piquetes da principal cidade operária da Galiza, nas horas prévias à greve geral, a estimaçom da cassaçom da indústria na comarca viguesa é de uns 80%.
23:54 (hora galego-portuguesa) Lembramos também que este serám o Tribunal Superior de Justiça da Galiza (TSJG) negou a suspensom de serviços mínimos fura-greves.
Os serviços mínimos impostos pola Junta com o intuito de reprimir a greve fôrom recorridos pola CIG e polos espanhóis sistêmicos UGT e CCOO. Porém, o TSJG rejeitou esta tarde todos os recursos.
A Junta da Galiza promulgou, no seu decreto de serviços mínimos, umha cobertura de 22% para transportes, 30% para educaçom. Os sindicatos declarárom que tais número condicionam o direito à greve e som abusivos.
Tempo também para as primeiras declaraçons cômicas
Começou a greve, começou o circo. E foi o momento para as atuaçons estelares dos partidos ordeiros. As sucursais galegas dos partidos espanhóis do PP e o PSOE atacárom hoje a greve. Ainda, Pachi Vázquez (PSOE) defendeu as "medidas difíceis" e "dolorosas" (esqueceu dizer neoliberais) que estám a ser tomadas.
Lembrete de todas as mobilizaçons dos sindicatos pola greve geral galega
23:45 (hora galego-portuguesa) Recompilamos a seguir todas as mobilizaçons convocadas para a greve geral de amanhá na Galiza.
CIG, CUT, COG e SLG
A Central Intersindical Galega, sindicato nacionalista maioritário da Galiza, convoca manifestaçons nas principais cidades e vilas galegas. Até onze manifestaçons percorrerám as ruas da Galiza em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Colamos a seguir as horas e os lugares donde vam partir as manifestaçons
-Corunha, 12.00 horas, Praça de Vigo.
-Compostela, 12.30 horas, Praça Roxa.
-Ourense, 12.00 horas, Pavilhom dos Remédios.
-Lugo, 12.30 horas, parque de FRIGSA.
-Ferrol, 12.30 horas, avenida de Esteiro (locais da CIG).
-Ponte Vedra, 12.00 horas, Praça da Ferraria.
-Vigo, 12.00 horas, cruzamento da Dobrada.
-Foz, 18.00 horas, diante de Fisco.
-Vila Garcia, 12.00 horas, Casa do Mar.
-Noia, 12.30 horas, rotunda de Sam Lázaro.
-Cee, 12.00 horas, Praça 8 de Março.
No caso da CUT, o sindicato nacional e de classe publicou na tarde de ontem, 28 de setembro, umha nova em que anunciava a sua presença nos piquetes, para garantir o direito de greve, e a convocatória de duas concentraçons na capital da Galiza e em Vigo.
Colocamos a nova do seu site:
“A CUT na rua o dia 29 de Setembro
Restam poucas horas para o primeiro passo contra as reformas capitalistas, a CUT estará nas ruas desde o primeiro minuto formando piquetes para garantir o direito a greve e aniquilar as pressons da patronal contrária ao seu exercício. Recordamos-lhe à Patronal que podem garantir o direito ao trabalho aos desempregados e desempregadas desde o dia 30 de Setembro.
Os piquetes nom serám a nossa única actividade, também faremos duas concentraçons que podem derivar em manifestaçom: umha em Composltela, às 11:30 horas diante do Hostal, e outra em Vigo, às 12:30 horas na Praça dos Cavalos”.
A outra central nacionalista e de classe existente no país, a Central Obreira Galega, fijo público um comunicado em que apoiava a greve geral e encorajava a classe operária galega a participar da mesma mas nom assinalava em qual das mobilizaçons estará presente.
Ademais, a Secretária Geral do Sindicato Labrego Galego, Carme Freire Cruzes, anunciou também nesta semana, numha conferência de imprensa, a convocatória de manifestaçons e concentraçons reivindicativas que terám lugar a partir das 11:30 aproximadamente, descorrendo polas vilas de Betanços, Ordes, Vilalba, Estrada e Ourense.
CNT e CGT
Por seu turno, as organizaçons anarco-sindicalistas, CNT e CGT, para além do intenso trabalho de agitaçom prévio à greve, convocárom diferentes actos de mobilizaçom. A CNT fijo um chamamento a todos os trabalhadores e trabalhadoras de Compostela a acudir à manifestaçom convocada para às 12:30 na Praça Roxa. A organizaçom de Ferrol fijo um apelo específico para participar no comício que os anarco-sindicalistas convocam às 14 horas no seu local social da Avenida de Esteiro, número 10.
CCOO e UGT
Os sindicatos ordeiros espanhóis, UGT e CC OO, convocárom de forma unitária manifestaçons ou concentraçons nas seguites vilas e cidades galegas.
- Ferrol, 12:00 horas, Praça do Inferninho
- Corunha, 12: 00 horas, Praça da Palhoça
- Cee, 12:00 horas, Concentraçom diante da Cámara municipal
- Compostela, 12:00 horas, Alameda
- Ribeira, 11:00 horas, Praça do Mercado
- Burela, 12:00 horas, CEL
- Lugo, 12:30 horas, Ronda da Muralha
- Ourense, 13:00 horas, Pavilhom dos Desportos
- Arouça, 12:30 horas, Cámara municipal
- Ponte Vedra, 11:00 horas, Hospital Provincial
- Vigo, 11:00 horas, Praça dos Cavalos.
Para além destas mobilizaçons, CC OO organiza umha concentraçom em Lalim às 12:00 horas na Praça da Igreja.
Jornalistas da imprensa escrita atingem já 17 horas em greve
23:06 (hora galego-portuguesa) Jornalistas da imprensa escrita e agências atingírom há poucos minutos as 17 horas de greve. Começárom às 6:00 h. do 28 e demorarám até as 6:00 do 29.
Algumhas e alguns deles indicárom que houvo meios que tentárom mudar a hora de impressom para minimizar o efeito da greve na sua publicaçom, no que constitui um ataque ao direito à greve.
Com o adianto da greve neste sector, tenciona-se, segundo o Sindicato de Jornalistas da Galiza, evitar a publicaçom de imprensa escrita o dia 29, para "reforçar o efeito da greve" e visibilizar a problemática especifica dos e das jornalistas.
Para já, sabe-se que manhá vários meios empresariais do país nom poderám pôr na rua os seus números, e os mais verám minguada a quantidade de conteúdos.
Piquetes unitários paralisam recolha do lixo em Ferrol e Narom
21:17 (hora galego-portuguesa) Chegam as primeiras informaçons sobre o transcurso da greve geral à nossa redacçom.
A estas horas da noite Ferrol está tranqüilo mas também paralisado.
Um piquete unitário e numeroso dos sindicatos CIG, CNT, CCOO e UGT dá começo à jornada de luita operária na cidade do norte da Galiza paralisando a recolha do lixo no concelho ferrolano.
Ao mesmo tempo outro piquete idêntico fai o seu trabalho no vizinho concelho de Narom. Em ambos os concelhos a empresa encarregada do lixo é Urbaser.
O Diário Liberdade vai fazer cobertura ao vivo da Greve Geral na Galiza
A partir das 22 horas (hora do Estado espanhol) do dia de hoje, iniciaremos a cobertura ao vivo dos principais acontecimentos.
Queremos lembrar aos nossos e às nossas visitantes que o trabalho realizado pola Equipa do Diário Liberdade é de carácter militante e nom laboral. Esse é o motivo que explica a continuidade das tarefas informativas ordinárias do nosso site, e que justifica ainda mais que trabalhemos numha jornada de luita operária como a desta quarta-feira dia 29 de Setembro.
Tal como durante as últimas semanas temos informado sistematicamente das actividades de preparaçom da greve por parte de sindicatos e organizaçons sociais e políticas galegas, esse labor vai continuar a partir da noite deste 28 de Setembro, com informaçons provenientes de agências e, sobretodo, directamente da rua, já que contamos com companheiros e companheiras que enviarám informaçons desde os piquetes.
Convidamos igualmente as organizaçons, militantes e grevistas que nos visitam a enviarem informaçons que tornem mais útil e completa a cobertura que realizaremos da jornada de luita operária.
Avante a Greve Geral!
Contra a reforma laboral, a precaridade e o capitalismo!